Tosse, coriza, dor de garganta, dor de cabeça, febre são os principais sintomas da síndrome gripal ou SG, e servem de parâmetros aos profissionais que avaliam o paciente que chega a uma unidade de saúde. Em Campo Grande, de janeiro até agora, foram registrados 14.037 casos de SG.
Na SRAG, ou síndrome respiratória aguda grave, os sintomas vão além, o paciente tem dificuldade e desconforto para respirar (falta de ar), dor persistente no peito, saturação de oxigênio abaixo de 95% (quantidade de oxigênio que circula no sangue) e coloração azulada nos lábios ou no rosto. A capital registrou 1.459 casos de SRAG.
“Nós temos uma vigilância de síndrome gripal e SRAG. São 2 unidades que fazem o monitoramento das síndromes”, explica a secretária municipal de Saúde Rosana Leite. São recolhidas amostras dos pacientes para que a secretaria possa confirmar em laboratório quais são os vírus que estão em maior circulação na capital. Segundo a titular da Sesau, “esses vírus passam por mutações e causam situações com maior virulência, maior gravidade para a população”.
COVID, INFLUENZA, OU VSR?
Quando se trata de SRAG, os testes mostram qual o tipo da infecção que causou a síndrome, as mais comuns são Covid, influenza A e B e o VSR, vírus sincicial respiratório que ataca principalmente bebês e crianças pequenas. “Vírus sincicial é uma das principais causas de infecções das vias respiratórias e pulmões em recém-nascidos e crianças pequenas, levando ao risco de complicações de internação”, alerta a superintendente do centro de vigilância em saúde da Sesau, Veruska Lahdo.
Dos 1.459 casos de SRAG atendidos nas unidades de saúde até agora, 234 foram confirmados como VSR, 181 influenza A e 172 casos de Covid. A maioria dos casos graves (363) de SRAG foram em crianças de até um ano de idade, “o risco dos vírus respiratórios é sempre maior para crianças, principalmente as abaixo de dois anos, e os idosos que podem, estes, evoluir com quadros graves, exigindo uma assistência ventilatória e hospitalização”, completa Veruska.
VSR
O vírus sincicial respiratório causa principalmente bronquiolite nos bebês e crianças pequenas, “a bronquiolite é uma infecção dos pequenos canais respiratórios dos pulmões, o vírus também pode causar pneumonia” relata a médica infectologista da Sesau, Ivone Martos. Uma das principais orientações é que as mães evitem expor os recém-nascidos pelo menos até os seis meses de idade quando o sistema imunológico fica mais resistente às doenças virais.
A médica ressalta também que não há vacina para prevenir o VSR, mas medidas de higiene são fundamentais “lavar as mãos frequentemente, evitar o contato com pessoas doentes e limpar as superfícies ajuda a prevenir a infecção”.
Apesar de ser mais frequente entre as crianças, o VSR também afeta pacientes de todas as faixas etárias, principalmente idosos e imunossuprimidos.
VACINAÇÃO
Para proteger contra outros vírus, influenza A (subtipos H1N1 e H3N2) e influenza B (victória), todas as unidades de saúde de Campo Grande estão com oferta da vacina, que está liberada para todos os públicos acima dos seis meses de idade.
Confira os endereços e horários no link: https://www.campogrande.ms.gov.br/sesau/unidades-de-saude-cg/
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