sábado, 25 de maio de 2024

Campo Grande ultrapassa 14 mil casos notificados de Síndrome Gripal

 


Tosse, coriza, dor de garganta, dor de cabeça, febre são os principais sintomas da síndrome gripal ou SG, e servem de parâmetros aos profissionais que avaliam o paciente que chega a uma unidade de saúde. Em Campo Grande, de janeiro até agora, foram registrados 14.037 casos de SG.


Na SRAG, ou síndrome respiratória aguda grave, os sintomas vão além, o paciente tem dificuldade e desconforto para respirar (falta de ar), dor persistente no peito, saturação de oxigênio abaixo de 95% (quantidade de oxigênio que circula no sangue) e coloração azulada nos lábios ou no rosto. A capital registrou 1.459 casos de SRAG.


“Nós temos uma vigilância de síndrome gripal e SRAG. São 2 unidades que fazem o monitoramento das síndromes”, explica a secretária municipal de Saúde Rosana Leite. São recolhidas amostras dos pacientes para que a secretaria possa confirmar em laboratório quais são os vírus que estão em maior circulação na capital. Segundo a titular da Sesau, “esses vírus passam por mutações e causam situações com maior virulência, maior gravidade para a população”.


COVID, INFLUENZA, OU VSR?


Quando se trata de SRAG, os testes mostram qual o tipo da infecção que causou a síndrome, as mais comuns são Covid, influenza A e B e o VSR, vírus sincicial respiratório que ataca principalmente bebês e crianças pequenas. “Vírus sincicial é uma das principais causas de infecções das vias respiratórias e pulmões em recém-nascidos e crianças pequenas, levando ao risco de complicações de internação”, alerta a superintendente do centro de vigilância em saúde da Sesau, Veruska Lahdo.


Dos 1.459 casos de SRAG atendidos nas unidades de saúde até agora, 234 foram confirmados como VSR, 181 influenza A e 172 casos de Covid. A maioria dos casos graves (363) de SRAG foram em crianças de até um ano de idade, “o risco dos vírus respiratórios é sempre maior para crianças, principalmente as abaixo de dois anos, e os idosos que podem, estes, evoluir com quadros graves, exigindo uma assistência ventilatória e hospitalização”, completa Veruska.


VSR


O vírus sincicial respiratório causa principalmente bronquiolite nos bebês e crianças pequenas, “a bronquiolite é uma infecção dos pequenos canais respiratórios dos pulmões, o vírus também pode causar pneumonia” relata a médica infectologista da Sesau, Ivone Martos. Uma das principais orientações é que as mães evitem expor os recém-nascidos pelo menos até os seis meses de idade quando o sistema imunológico fica mais resistente às doenças virais.


A médica ressalta também que não há vacina para prevenir o VSR, mas medidas de higiene são fundamentais “lavar as mãos frequentemente, evitar o contato com pessoas doentes e limpar as superfícies ajuda a prevenir a infecção”.


Apesar de ser mais frequente entre as crianças, o VSR também afeta pacientes de todas as faixas etárias, principalmente idosos e imunossuprimidos.


VACINAÇÃO


Para proteger contra outros vírus, influenza A (subtipos H1N1 e H3N2) e influenza B (victória), todas as unidades de saúde de Campo Grande estão com oferta da vacina, que está liberada para todos os públicos acima dos seis meses de idade.


Confira os endereços e horários no link: https://www.campogrande.ms.gov.br/sesau/unidades-de-saude-cg/

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