terça-feira, 14 de dezembro de 2021

Agroquímicos devem faturar US$ 13,3 bilhões este ano

 



É estimado o consumo de 536 mil toneladas de defensivos agrícolas “efetivamente aplicadas”
Por:  -Leonardo Gottems


O faturamento líquido do mercado de agroquímicos no Brasil deve ser de US$ 13,3 bilhões em 2021, de acordo com o Sindiveg (Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Vegetal). A projeção consta em relatório da Abiquim (Associação Brasileira da Indústria Química) apresentado no 26º Encontro Anual da Indústria Química.



Se confirmado, esse faturamento líquido das empresas de pesticidas representaria um aumento de 7,3% sobre 2020. Foram importados US$ 6,2 bilhões em produtos este ano, o que representou uma queda de 10,1% em relação às compras do ano passado. 


De acordo com o Sindiveg, que reúne as principais empresas de agroquímicos formulados de patente no Brasil, está estimado o consumo de 536 mil toneladas de defensivos agrícolas “efetivamente aplicadas” nas lavouras (conceito PAT = “produto por área tratada”). Se igualmente confirmada a projeção, também haveria queda de 10,1% na comparação com 2020.


Segundo Ciro Marino, presidente-executivo da Abiquim, “o faturamento cresceu, mas os custos também. Com um balanço bom, fica apenas a preocupação com a falta de competitividade claramente expressa pela crescente participação da importação no portfólio de atendimento das necessidades brasileiras. As estimativas já apontam um déficit recorde no setor – cerca de US$ 45 bilhões”, alerta Marino.


3º trimestre


A área tratada com pesticidas cresceu 8,7% no terceiro trimestre de 2021 em comparação com o mesmo período do ano anterior, informa ainda o Sindiveg. No total, 209,3 milhões de hectares foram tratados no período, um aumento de 16,8 milhões hectares. A soja foi o produto com maior área tratada no período (32% do total), seguida por pastagem (20%), trigo (12%), milho (10%), cana (7%) e demais cultivos.


“Esse resultado decorre de uma série de fatores, com destaque para o início do plantio de verão e o esperado aumento da safra 2021/2022, além da expectativa de preços firmes das principais commodities”, explica Julio Borges, presidente do Sindiveg. Em volume, os defensivos aplicados no 3º trimestre atingiram 154,6 mil toneladas, aumento de 6,6% ante igual período de 2020.

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