sexta-feira, 9 de outubro de 2020

Na capital, inflação acelera em setembro com alta da carne, gasolina e energia


O (IPCA) Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo disparou em Campo Grande, em setembro, com alta de 1,26%, 0,22 ponto percentual (p.p.) acima da taxa registrada em agosto (1,04%). O levantamento é do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e foi divulgado na tarde de ontem (09). 

Esse é o maior resultado em 2020 para a capital e o maior entre as 16 regiões do Brasil pesquisadas pelo IPCA, influenciado principalmente em função da alta das carnes (6,63%), da gasolina (2,69%) e da energia elétrica (3,41%) . No ano, o indicador acumula alta de 3,41%. No Brasil, o IPCA foi de 0,64%, acumulando uma alta de 1,34%.

A maior variação (3,60%) no índice do mês na capital veio do grupo alimentação e bebidas, que acelerou em relação a agosto (2,31 %). Houve altas em outros cinco grupos, com destaque para habitação (1,38%), transportes (1,14%), vestuário (0,74%) e artigos de residência (0,40%).
O grupo Despesas pessoais, após cinco meses em queda, também apresentou alta (0,35%) contribuindo com 0,02 p.p. para o resultado de setembro. No lado das quedas, o destaque foi Saúde e cuidados pessoais (-0,23%). Os demais grupos apresentaram recuo de 0,10% em educação e 0,07 % em comunicação.

A aceleração no grupo Alimentação e bebidas (3,60%) ocorreu especialmente em função dos alimentos para consumo no domicílio, cujos preços subiram 4,40% frente a agosto. Entre as maiores variações, estão o tomate (33,39%) e o arroz (17,33%), que acumulam no ano altas de 14,52% e 42,03%, respectivamente.

Os preços de outros produtos importantes, como óleo de soja (11,84%), o leite longa vida (6,73%) e as carnes (6,63%) também subiram. No lado das quedas, os destaques foram o mamão (-17,03%), melancia (-13,59%), batata-inglesa (-3,68%), ovos de galinha (-2,75%) e alho (-2,21%).

A alimentação fora do domicílio, subiu pelo segundo mês seguido, com alta de 1,28% em setembro, influenciada pela alta nos preços do lanche (4,10%) e da refeição (0,06%).
A segunda maior variação no índice do mês veio da Habitação (1,38%), o maior impacto no índice do mês veio da energia elétrica, cujos preços subiram 3,41%, devido ao aumento da alíquota de PIS/COFINS. A segunda maior variação veio do cimento (3,40%), que acumula no ano alta de 8,10%. Destaca-se também a alta do gás de botijão (2,25%).

Os preços dos transportes (1,14%) subiram pelo quarto mês seguido, embora tenham desacelerado em relação a agosto (0,82%). A gasolina, com alta de 3,22% em agosto, subiu 2,69% em setembro, contribuindo com 0,09 p.p.

Ainda em transportes, outro destaque foram as passagens aéreas, com alta (14,90%) após a queda de 2,65% em agosto. No lado das quedas, ressalta-se o recuo de 1,31% do etanol.
O grupo vestuário (0,74%) subiu pelo terceiro mês consecutivo em Campo Grande no mês de setembro. Contribuíram para isso as joias e bijuterias (3,24%), os calçados e acessórios (0,62%) e roupa feminina (1,04%).Os itens em queda foram roupa infantil (-0,66%) e roupa masculina (-0,62%).

No grupo dos artigos de residência (0,40%), a alta ocorreu principalmente por conta dos itens consertos e manutenção (2,19%), TV, som e informática (2,08%) e Cama, mesa e banho (1,19%). No lado das quedas estão os utensílios e enfeites (-0,97%) e mobiliário (-0,40%).
A queda (-0,23%) e a contribuição negativa (-0,09 p.p.) do grupo saúde e cuidados pessoais foram as mais intensas sobre o IPCA de setembro. Isso se deve ao item plano de saúde (-2,34%).

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