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quinta-feira, 10 de novembro de 2016
Estudo aponta espécies de árvores para reflorestamento e produção de madeira em Mato Grosso
Cinco espécies de árvores apresentaram um maior volume de madeira em uma pesquisa com 30 espécies realizada nos últimos anos em Mato Grosso. Tais árvores, segundo a Empresa Mato-grossense de Pesquisa Assistência e Extensão Rural (Empaer), foram as que apresentaram melhores resultados para reflorestamento e produção de madeira.
A pesquisa, conforme a Empaer, foi realizada no Centro Regional de Pesquisa e Transferência de Tecnologia da entidade em Sinop. Em 20 anos, foram avaliadas 30 espécies de árvores, das quais 23 nativas e sete exóticas. O levantamento apontou que as espécies Fava barriguda, Peroba mica, Tatajuba, Bajão e Castanheira foram as que obtiveram melhores resultados em Mato Grosso para reflorestamento e produção de madeira.
O pesquisador da Empaer, Eliazel Vieira Rondon, é o responsável pelos dados do levantamento e, de acordo com ele, foram avaliados a Altura do Peito da Planta (DAP), altura total, volume de madeira, índice de mortalidade e ocorrência de pragas e doenças, além da a interferência do solo (pH, fósforo e saturação de base baixa), clima e ataque de fungos.
Mato Grosso, pontua o pesquisador, possui mais de 200 mil hectares de reflorestamento com as espécies de eucalipto, teca e seringueira. Ele destaca, ainda, que o comportamento das espécies mais plantadas no Estado foram as que tiveram resultado abaixo do esperado.
Rondon aconselha, também, que árvores com problemas fitossanitários, exigentes em condições de solo com alto índice de mortalidade, não sejam plantadas em larga escala na região Norte do Estado.
Foram identificadas ao longo destes 20 anos de estudos que as espécies como a guapuruvu, teca, cinamoma, ipê roxo, pinho cuiabano, cerejeira, E. citriodora, E. grandis, pinus caribaea, mogno, freijó, mogno africano, parapará, gmelina e sumaúma foram as que apresentaram maiores índices de mortalidade.
Já espécies como a seringueira, angelim saia, pau ferro, louro preto, aroeira, marupá, cedrinho, amescla e champanhe em plantio heterogêneo apresentaram comprimento em torno de 3 metros.
De acordo com a Empaer, uma alternativa para tais espécies é seu uso para a arborização de parques e recuperação ou enriquecimento de áreas.
Fava barriguda
A fava barriguda (Parkia gigantocarpa) é a menos conhecida dentre as espécies estudadas nos últimos 20 anos do setor florestal. O pesquisador da Empaer salienta, que apesar deste pouco conhecimento por parte da base florestal, que já existem publicações citando o potencial da espécie para a confecção de brinquedos, móveis e compensados.
“O solo do Mato Grosso na grande maioria é ácido, deficitário em nutriente. Outro entrave é caracterização do clima em duas estações bem definidas, uma chuvosa e outra seca, nesse período as espécies perenes ficam vulneráveis a pragas e doenças, e seu crescimento é limitado”, ressalta Eliazel Vieira Rondon.
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