O GP Brasil de F-1 deve dar um prejuízo de cerca de US$ 30 milhões (aproximadamente R$ 100 milhões) aos seus organizadores neste ano de 2016.
A prova perdeu dois de seus principais patrocinadores, Petrobras e Shell, para a etapa deste ano e terá dificuldade para fechar suas contas. A informação é do jornal "O Estado de S.Paulo".
Como está previsto em contrato, a FOM (Formula One Management), promotora da categoria, vai arcar com o prejuízo. Porém, as contas no vermelho não tendem a ajudar em negociações futuras para permanência da etapa no Brasil.
"O contrato que temos com ela é que, se não conseguirmos fechar as contas, a empresa paga. É o contrato que temos atualmente. Claro que isso incomoda a FOM, mas esta é uma decisão estratégica dela", disse Tamas Rohonyi, promotor do GP Brasil, ao "Estado".
Procurada pela Folha de S.Paulo, a FOM afirmou que o único que faz comentários a respeito da situação do GP Brasil é Bernie Ecclestone, seu presidente. O cartola tem uma relação afetiva com o Brasil, uma vez que é casado com uma brasileira (Fabiana) e tem negócios no interior de São Paulo.
Na quarta-feira (9), Ecclestone reuniu-se em Brasília com o presidente Michel Temer para falar sobre o futuro do GP nacional. Ambos conversaram por mais de meia hora.
A Folha apurou que, em razão de sua relação com o país, Ecclestone tem tentado de todas as formas manter a etapa, que tem contrato para ser realizada até 2020. Mas, de acordo com calendário provisório divulgado pela FIA (Federação Internacional de Automobilismo), está ainda "sujeito a confirmação" para 2017.
A etapa nacional da F-1 tem sofrido, ano a ano, com a queda no público. Se, em 2008, 76.400 assistiram à prova, em 2013 foram 66 mil. A falta de triunfos de pilotos do país –não vencem uma prova desde 2009– e a escassez no grid tampouco ajuda.
Felipe Massa, que tem 11 vitórias na carreira, se aposentará no final deste ano. Felipe Nasr ainda não tem assento garantido na próxima temporada.
O Brasil não fica sem um piloto contratado no grid da categoria desde 1970. Em 2001, o país chegou a ter cinco competidores alinhados simultaneamente (Henrique Bernoldi, Luciano Burti, Rubens Barrichello, Tarso Marques e Ricardo Zonta).
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