Folhapress
O sínodo de bispos católicos, que reuniu religiosos de todo o mundo, acabou neste sábado (24) com a votação de um documento final sobre as regras da igreja, após três semanas de um debate que expôs profundas divisões e o fracasso do papa Francisco em convencê-los a reverter proibição de católicos que se casaram novamente de receber a comunhão.
Os bispos conservadores resistiram fortemente a qualquer tentativa de amenizar a restrição da Igreja Católica a gays e divorciados. Segundo o cardeal austríaco Christoph Schoenborn, o texto final não fala diretamente sobre o tema da comunhão, mas diz que é necessário discernimento para ajudar casais em situações irregulares.
"As situações são tão diferentes que precisamos olhar de perto cada uma, discernir as situações e acompanhá-las de acordo com a necessidade de cada um", disse Schoenborn a repórteres.
Como no Sínodo do ano passado, que abordou as novas situações familiares, os 270 padres sinodais votam cada parágrafo da "Relatio Synodi", o texto final elaborado por uma comissão especial, que com um trabalho minucioso incorporou o "Instrumentum laboris" (o documento de base) com as 1.355 mudanças propostas nos últimos dias. O texto só é aprovado se obtiver dois terços de aprovação da assembleia.
Nestes últimos dias, o Vaticano e os participantes do Sínodo reiteraram que este documento é só uma reflexão dos bispos que será entregue ao papa, que é quem tem o poder de decidir, assim como também autorizar sua publicação.
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