sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Fabricante de panetone investe de chocolate belga a pistache


Estadão
Existe uma infinidade de símbolos adotados para representar o Natal e outros tantos são usados pelo comércio para anunciar a sua chegada. Mas o panetone é o principal deles. Tamanha popularidade e aceitação fazem do pão um item indispensável na ceia dos brasileiros. Mais do que isso: ele ocupa a posição de estrela entre os produtos natalinos que fomentam a economia e turbinam o faturamento de empresas de todos os portes nesta época do ano.

Mas por trás do sucesso do pão natalino há importantes aspectos que podem ajudar o empreendedor a traçar a melhor estratégia para impulsionar suas vendas. Segundo monitoramento sobre o consumo de panetone no Brasil, feito pelo Instituto Nielsen, o produto apresentou crescimento tímido de 0,7% em valor de venda neste ano se comparado com 2011. Mas isso não é tão importante. O que chama a atenção é que existe uma mudança muito grande na forma como as pessoas compram o produto hoje.

“É nítido o fenômeno da qualificação do consumo no mercado de panetones. O consumidor migrou do produto mais barato para o de maior valor. Hoje ele tem dinheiro para gastar mais na compra”, explica Ramon Cassel, analista de mercado do Instituto Nielsen.

O segmento percebeu a mudança e tratou de ampliar o portfólio para agradar os clientes. O resultado disso é a enorme variedade de versões que o produto ganhou. “As vendas de itens que podem deixar o panetone mais atrativo e bonito, com cara de presente, aumentaram. A decoração agrega valor ao produto”, explica Alexandre Gomes, diretor-executivo da Arcólor, uma pequena indústria especializada na produção de insumos para a fabricação do famoso pão de Natal.

No mercado há 30 anos, a empresa acompanha a evolução do produto por meio das demandas que chegam. “Antes, 98% das nossas vendas eram para padarias. Mas o crescimento do segmento de confeitaria abriu as portas para chegarmos até o mercado semiprofissional e agora ele já representa 10% das vendas”, explica Gomes. “Esse mercado impactou também na forma como vendemos os insumos. Hoje já temos quites para a fabricação de panetones em tamanhos menores, com 100 ou 250 gramas”, afirma o empresário, que espera vender 300 toneladas de mistura para o produto até dezembro, 10% a mais que no ano passado.

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