Com apoio do vereador e presidente da Câmara Municipal de Campo Grande, Paulo Siufi (PMDB), representantes de diferentes segmentos culturais do município estiveram presentes na Sessão Ordinária desta terça-feira (22), a convite do parlamentar, para cobrar o cumprimento do Plano Municipal de Cultura, aprovado em sessão histórica na Casa de Leis, no dia 22 de dezembro de 2010.
O Plano Municipal de Cultura foi sancionado pelo prefeito Nelson Trad Filho (PMDB), mas segundo a categoria, nada tem sido feito para que os movimentos artísticos e culturais da cidade usufruam da Lei que vigora na Capital. “A nossa principal reivindicação é o 1% para a cultura.
Não há políticas públicas para a cultura. Esse problema é enfrentado não só por Campo Grande, mas por todo o Brasil e tem sido foco de discussões em muitas redes organizadas na internet e fora dela, como a rede brasileira de teatro de rua, entre outros movimentos artísticos, políticos espalhados pelo Brasil”, disse a atriz Aline Duenha, durante seu pronunciamento na Tribuna.
De acordo com Aline Duenha, o investimento na área da educação não conseguirá suprimir os problemas da própria educação se a cultura não acompanhar o mesmo desenvolvimento nas escolas. “Uma criança que não escuta música de qualidade, não conhece a cultura local, não experimenta uma aula de dança e cresce sem nunca ter visto uma peça de teatro está fadada a ser um adulto com conhecimento limitado, sem entendimento do lúdico e dos processos sócioculturais necessários para uma boa relação com a sociedade futuramente. Isso acontece, hoje em dia, pela falta de implantação de uma política pública para a cultura”, defendeu a atriz.
Para legitimar e demonstrar total apoio às reivindicações do Fórum Municipal de Cultura e do Colegiado Setorial de Teatro, Siufi comunicou que protocolou, nesta terça-feira o Projeto de Resolução, em parceria com o vereador Athayde Nery, no qual Cria a Comissão Permanente de Cultura do Legislativo.
Para o parlamentar, a iniciativa é um passo fundamental para o setor artístico e cultural de Campo Grande tenha mais espaço para expor e cobrar suas solicitações. “Contem com o nosso respeito, consideração e compromisso para sairmos do papel. Tenham certeza de que vamos trabalhar para que seja instituído essa decisão”, disse Siufi.
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