O governo do Estado, por meio da Fundação de Cultura de Mato Grosso do SUL (FCMS), lança na próxima quarta-feira (27), o catálogo “Intervenções Urbanos de Ana Ruas”, patrocinado pelo FIC – Fundo de Investimentos do Estado de Mato Grosso do Sul (FIC-MS), tendo como apoio as empresas SOMA Comunicação Integrada, Gráfica Ruy Barbosa, Livraria Leparole e COMBOX Comunicação Responsável.
O lançamento acontecerá num Happy Hour, às 19h, na Livraria Leparole, situada na Rua Euclides da Cunha, 1126.
O catálogo de 80 páginas, apresenta trabalhos que Ana Ruas fez entre 1996 a 2010. Além das imagens que registram as intervenções, o catálogo contém textos escritos pela doutora e crítica de arte Maria Adélia Menegazzo, pelo professor mestre e crítico de arte Rafael Maldonado e pelo artista plástico Humberto Espíndola, falando sobre trabalhos da artista.
Um texto escrito pela doutoranda da USP e Pesquisadora da Enciclopédia de Artes Visuais Itaú Cultural, Ana Cândida de Avelar, fala sobre a história das intervenções e cita artistas que são referências fundamentais para intervenções contemporâneas.
Os 1.500 exemplares do catálogo serão distribuídos para as bibliotecas de as escolas públicas municipais, estaduais e particulares, tendo em vista que professores de arte, constantemente procuram a artista para pesquisa sobre o assunto.
O trabalho da artista por áreas de grandes dimensões teve início em 1984, quando ingressou no curso de Artes Plásticas da Universidade de Passo Fundo/RS, e percebeu possibilidades de explorar espaços que iam além das telas.
A primeira intervenção sobre parede, em um espaço público, foi na Prefeitura Municipal de Lagoa vermelha/RS, em 1987.
Entre 1990 e 1994 como arte-educadora, na periferia de São Paulo, desenvolveu projetos com comunidades realizando trabalhos de pintura em grandes áreas de alvenaria.
A convite de uma amiga, visitou Campo Grande, em 1996, e a luz intensa, assim como o azul do céu desta cidade a fascinaram. Percebeu a cidade como um espaço que recebe, abriga e provoca encontros. Decidiu, então, viver na cidade.
Os grandes espaços abertos deste lugar foram motivos para explorá-los. As intervenções tem percorrido lugares: muros, paredões, passarelas, viadutos, áreas e instituições públicas.
O lugar e a situação-problema, na maioria das vezes, indicaram o caminho a seguir. Por outro lado, os trabalhos também sofrem intervenções.
A terra que escorre, conseqüência das chuvas, desenha linhas e o spray, usado por pichadores, disputa a mesma superfície. Ana Ruas usa a pintura como linguagem e os rolos de tinta deslizam pelas superfícies nas mãos de uma equipe de pintores de parede que há muito tempo a acompanha.
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