segunda-feira, 27 de janeiro de 2025

Dengue: além da febre, confira outros impactos da doença no corpo humano

 



Adengue é uma doença viral transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, amplamente conhecida por causar febre alta. Pode apresentar um amplo espectro clínico, variando de casos assintomáticos a graves. No entanto, seus efeitos no organismo vão além desse sintoma inicial, podendo afetar diversos sistemas do corpo humano. 


Sintomas iniciais e evolução da doença 


Após um período de incubação que varia de 2 a 10 dias, os primeiros sintomas da dengue geralmente incluem: 



Febre alta (acima de 38,5°C);

Dor de cabeça intensa

Dores musculares e articulares intensas;

Mal-estar generalizado;

Dor muscular/dor nas articulações;

Náuseas e vômitos;

Manchas vermelhas no corpo. 

Esses sintomas podem durar de 2 a 7 dias. Em muitos casos, após esse período, o paciente começa a se recuperar gradualmente. No entanto, é crucial estar atento aos sinais de alarme que podem indicar a progressão para uma forma mais grave da doença. 


Dengue com sinais de alarme


A dengue pode evoluir para formas mais severas, apresentando sinais de alarme como: 


Dor abdominal intensa e contínua;

Vômitos persistentes;

Acúmulo de líquidos (ascite, derrame pleural, derrame pericárdico);

Hipotensão postural (tontura ao levantar) e/ou desmaios;

Letargia e/ou irritabilidade;

Aumento do tamanho do fígado;

Sangramento de mucosas;

Aumento progressivo do hematócrito (concentração de células vermelhas no sangue). 

A presença desses sinais requer atenção médica imediata, pois podem preceder a dengue grave, caracterizada por choque, hemorragias e comprometimento grave de órgãos vitais.


Comprometimento  da dengue em órgãos e sistemas 


A dengue pode afetar diversos órgãos e sistemas do corpo, levando a complicações como:


Desidratação grave: devido à febre alta e vômitos, podendo causar fraqueza, boca seca e diminuição da urina;

Problemas hepáticos: como hepatite e insuficiência hepática aguda, manifestando-se por dor abdominal, icterícia (pele e olhos amarelados) e aumento do fígado.

Complicações neurológicas: incluindo encefalite, meningite e síndrome de Guillain-Barré, com sintomas como confusão mental, convulsões e paralisias.

Alterações cardíacas: como miocardite (inflamação do músculo cardíaco), resultando em dor no peito, falta de ar e arritmias.

Problemas respiratórios: como derrame pleural (acúmulo de líquido nos pulmões), levando a dificuldade respiratória e dor torácica.

Comprometimento renal: insuficiência renal aguda, evidenciada por redução da produção de urina e inchaço corporal. 

Prevenção e cuidados 


Diante da gravidade potencial da dengue, a prevenção é fundamental. Medidas como eliminar criadouros do mosquito, instalar telas em portas e janelas e usar roupas que cubram o corpo ajudam a reduzir o risco de infecção. 


Em caso de suspeita de dengue, é essencial procurar atendimento em unidades de saúde para diagnóstico e tratamento adequados, evitando a automedicação, especialmente com anti-inflamatórios que podem agravar o quadro. 


Busque a unidade de saúde em qualquer sinal de mal estar. 




Por Ministério da Saúde

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