O Ibovespa (IBOV), principal índice da Bolsa de Valores brasileira, enfrentou uma queda nesta quinta-feira (24) após dois dias consecutivos de significativa valorização. A queda foi influenciada pela fraqueza observada nos índices de ações dos Estados Unidos, e também foi impactada pela queda no preço do minério de ferro, o que levou a uma baixa no desempenho das ações da Vale (VALE3). Durante o mês de agosto, o Ibovespa teve apenas três sessões com resultados positivos. Um acontecimento notável foi a ocorrência de 13 pregões consecutivos de queda, estabelecendo um recorde histórico de declínio na Bolsa brasileira.
Devido a esses eventos, o Ibovespa está caminhando para fechar o mês com uma queda de 3,12% até o momento em agosto. Matheus Spiess, analista da Empiricus Research, explica que diversos fatores adiaram o esperado aumento após a redução da taxa Selic. Ele aponta uma combinação de elementos adversos tanto no cenário local quanto internacional, que impactaram negativamente o desempenho da Bolsa. A saída de investidores estrangeiros da B3 teve um impacto significativo no mercado local. Spiess indica que o aumento nos rendimentos dos títulos do Tesouro nos Estados Unidos resultou na retirada de capital que estava sendo direcionado para a Bolsa anteriormente.
Além disso, a volatilidade no Ibovespa é influenciada pela situação na China, que é a principal parceira comercial do Brasil. Spiess destaca que a perspectiva de um crescimento chinês abaixo do esperado (+5%) impactou negativamente as commodities. Apesar das medidas anunciadas pelo governo chinês para estimular a economia, há divergências entre os agentes financeiros sobre a velocidade da recuperação da atividade econômica no país asiático.
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