segunda-feira, 10 de julho de 2023

Consumidor elege os serviços financeiros como o pior setor de atendimento

 

                                           Os serviços financeiros somam mais de 35% de reclamações (Foto: Divulgação )


Os serviços financeiros somam, no primeiro semestre, mais de 35% das reclamações formalizadas através dos canais de atendimento do Procon/MS (Secretaria-Executiva de Orientação e Defesa do Consumidor), instituição vinculada à Sead (Secretaria de Estado de Assistência Social e dos Direitos Humanos). 


O setor é o mais demandado, seguido da telefonia (10,7%) e dos serviços essenciais como água, energia elétrica e gás (7,1%).


No período de janeiro a junho, o Procon/MS realizou 9712 atendimentos. Destes, 3441 (35,43%) estiveram associados a casos envolvendo cartões, financiamentos, contratos de crédito, seguro, entre outros. Ou seja, aproximadamente 4 a cada 10 consumidores teve que acionar seus direitos por cobranças indevidas, falhas de contrato ou na oferta de produtos financeiros.


Somente os cartões de crédito, débito e de lojas representaram 1315 das reclamações envolvendo serviços financeiros no semestre (38,21%). A telefonia, segunda área mais demandada, teve 1038 queixas e os serviços essenciais como água, energia elétrica e gás 689.


Cuidados na contratação


Conforme Nilza Yamasaki, secretária-executiva do Procon/MS, há que se lembrar que o fornecedor precisa ser claro no processo de venda dos produtos financeiros, tendo o consumidor esclarecidas todas as suas dúvidas antes que o contrato seja formalizado.


Dados de maio da Peic (Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor), da CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo), revelam que 70,1% dos campo-grandenses tem no cartão de crédito sua principal origem de endividamento, seguido pelos carnês de cobrança (17,4%) e crédito pessoal (11%).


“O consumidor precisa estar atento ao seu limite de renda, necessidade do produto ou serviço, assim como as condições da oferta e taxas aplicadas. Dessa forma, pode-se evitar um superendividamento no futuro”, pontua Nilza. “Recomendamos ainda que os documentos do negócio firmado sejam preservados para embasar uma reclamação”.

Nenhum comentário: