quinta-feira, 8 de junho de 2023

Justiça decide retorno do atendimento às vítimas de violência na Casa da Mulher

 

                                           Casa da Mulher Brasileira terá workshop sobre feminicídio (Foto: Divulgação)


A Justiça Federal deferiu na noite desta quarta-feira (7) o pedido de tutela de urgência protocolado nesta


tarde pelo Governo do Estado visando retomar, o mais rápido possível, os atendimentos do Imol


(Instituto de Medicina e Odontologia Legal) na Casa da Mulher Brasileira e no Cepol (Centro


Especializado de Polícia Integrada).


Com a decisão, mulheres, crianças e adolescentes vítimas de violência continuarão contando com os


procedimentos de medicina legal de maneira prioritária, urgente e humanizada.




A Ação Declaratória de Nulidade Cumulada com Obrigação de Fazer e pedido de tutela antecipada de


urgência foi impetrada pela PGE (Procuradoria-Geral do Estado) na Vara da 1o Subseção Judiciária do


Estado de Mato Grosso do Sul.




Isso ocorreu após o CRM/MS (Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso do Sul) aprovar parecer


contrário ao funcionamento por suposta infração ética, com base na Resolução no 1635/2002.




Além de determinar o restabelecimento imediato do atendimento no Cepol e na Casa da Mulher


Brasileira, a Justiça Federal proibiu o CRM/MS de abrir sindicâncias e procedimentos disciplinares


contra os peritos médicos legistas, até que ocorra o julgamento final da ação.




A procuradora-geral do Estado, Ana Carolina Ali Garcia, comemorou a decisão que tem a finalidade de


preservar e proteger vidas.




"Nossa intenção foi tirar qualquer barreira que impedia esse importante serviço para a nossa sociedade.


Com isso, o Estado faz o seu papel que é garantir um atendimento ágil e humanizado neste momento


de fragilidade de quem sofre violência", afirmou.




A decisão de judicializar a questão foi tomada ontem, durante reunião de trabalho da qual participaram


ainda o titular da Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública), Antônio Carlos Videira,


a coordenadora da Mulher, desembargadora Jaceguara Dantas da Silva, a coordenadora da Infância e


Juventude, desembargadora Elizabete Anache, a juíza da 3a Vara da Violência Doméstica e Familiar


contra a Mulher, Liliana de Oliveira Monteiro, o coordenador-geral de Perícias, José de Anchieta Souza


Silva, o diretor interino do Imol, Adalberto Arão Filho, o chefe da Coordenadoria Jurídica da Sejusp,


Rafael Antônio Mauá Timóteo, e o procurador-geral adjunto do Consultivo da PGE, Ivanildo Silva da


Costa.

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