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Aumento forte de incidência de percevejos, tanto na soja quanto no milho
A área tratada com defensivos (PAT) no Brasil aumentou 13.4% no primeiro trimestre de 2023 em relação ao mesmo período do ano passado, aponta nova pesquisa de campo do Sindiveg (Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Vegetal). O relatório indica ainda que o crescimento ocorreu principalmente por conta da cultura da soja, e em consequência da proliferação das pragas.
A oleaginosa atualmente representa 37% do total da área tratada brasileira, aumento de quatro pontos percentuais na comparação com os 33% dos primeiros três meses de 2022. “Interessante notar que estes números estão em linha com os últimos dados publicados pela Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), que mostrou que a produtividade da soja aumentou 15% na safra 22/23 em relação à safra 21/22”, diz Júlio Borges Garcia, presidente do Sindiveg.
De acordo com ele, “a produtividade cresce pela adoção de muitas tecnologias integradas no campo, inclusive, a de defensivos agrícolas. Afinal, são os defensivos que permitem às plantas crescer e dar frutos, ao protegê-las do ataque de pragas, doenças e plantas daninhas”. A pesquisa do Sindiveg detectou aumento significativo de incidência de percevejos, tanto na soja quanto no milho, na safra 22/23 em comparação com a safra 21/22.
O relatório apontou que o crescimento foi impulsionado pela normalização do clima e pelo aumento de produção de grãos, inclusive com expansão de área, o que favorece o surgimento e o desenvolvimento de pragas. Nas lavouras de soja, a incidência de percevejos cresceu 6.3%. No milho, a curva ascendente chegou a 10.8%.
A expansão da área cultivada em ambas as culturas ajuda a explicar a recorrência da praga: na soja, expansão de 6.2% de área cultivada; no milho, 3.5%. Até mesmo os produtores de algodão enfrentaram enorme desafio no manejo de insetos na safra 22/23, ainda que a área cultivada tenha expandido apenas 3.8% em relação à safra 21/22.
Para se ter uma ideia, a incidência da mosca branca aumentou 3.7% neste período. Já a incidência do bicudo-do-algodoeiro cresceu 17.3%, superando o pico de infestação registrado na safra 19/20. “Estes cenários demonstram a importância das tecnologias de proteção de cultivos para que os agricultores brasileiros sigam aumentando a produtividade, ano após ano, garantindo assim à sociedade, uma oferta crescente por alimentos e fibras”, conclui Garcia.
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