Decepcionado com política, ex-presidente do Corinthians diz "torcer às vezes" para oposição vencer eleição

 

Gazeta Esportiva

O ex-presidente do Corinthians, Andrés Sanchez, do grupo da situação "Renovação e Transparência", disse "torcer", em determinadas situações, para que a oposição vença a eleição para presidente em novembro deste ano, muito por conta da decepção com a política e também para sair a imagem de "ditador" que tem entre parte da torcida.

"Muitas vezes eu penso 'tomara que ele (Augusto Melo) ganhe'. O Corinthians merece às vezes ele. Estou com tanta decepção que às vezes merece. E tira o 'Renovação' (e Transparência, grupo da situação), esquece, 'esses picaretas, ditadores'. Não tem problema, saímos três anos (período do mandato) do clube. E não vamos fazer essa oposição que eles fazem, vamos procurar ajudar o clube mesmo sendo ele", disse Sanchez ao canal Casal Coringão, no YouTube.

"Tem hora que eu fico pensando 'p* que pariu, esse Augusto podia ganhar mesmo, já tirava o meu da reta e ninguém ia falar que eu mando no Corinthians, porque é oposição. Agora, toda vez que ele me chamar, vou deixar público. Não vou ser contra, não. Não acredito que ele ganhe a eleição, mas se ganhar, vou ajudar no que eu puder, porque não é ele, é o Corinthians", complementou.

O grupo "Renovação e Transparência" está no poder desde 2007 e o último presidente eleito, Duilio Monteiro Alves, finalizará o mandato em novembro deste ano. Apesar de uma parte interna desejar a reeleição dele, em uma brecha do estatuto, Andrés disse que ele "não vai fazer isso".

Pelo lado da oposição, Augusto Melo, do grupo "Corinthians mais forte", lançou oficialmente sua candidatura à presidência no último sábado. Em 2020, ele ficou em segundo lugar.

Eleições

Nas últimas semanas, a Gazeta Esportiva vem apurando a situação interna do grupo de situação, que ainda não tem candidato lançado.

André Oliveira, o André Negão, pode ser um dos nomes, conforme mencionado recentemente pelo próprio Roberto de Andrade, diretor de futebol, mas sofre forte rejeição internamente.

Assim, o grupo vem conversando para não haver uma terceira via, mas, sim, um único nome que possa bater de frente com Melo no pleito. Outro ex-presidente, Mário Gobbi, voltou para o lado da situação e ajuda nesta busca.