Gazeta Esportiva
Um grupo de 42 membros do Conselho do Santos protocolou nesta última quarta-feira um pedido de impeachment contra o presidente Andres Rueda. O principal motivo que levou à decisão foi de uma "gestão temerária", alegando resultados ruins dentro de campo e danos à imagem do clube.
Alguns argumentos utilizados pelos conselheiros são: a contratação de atletas que não atingiram o rendimento esperado, a constante luta para se manter na elite nacional e estadual, além de prejuízos financeiros acarretados pelas eliminações e a possível desclassificação para a Copa do Brasil de 2024.
O grupo não classificou algumas condutas de Andres Rueda como ilícitas, mas alertou para os riscos de algumas atitudes que, segundo eles, podem ser danosas ao Santos. Além disso, ressaltou que "não poderia se omitir" diante dos riscos da equipe em cair para a segunda divisão do Campeonato Brasileiro.
"Quando falamos de gestão temerária, temos que ter em mente duas coisas, a primeira é que intrinsicamente os atos praticados pelo agente não são ilícitos, intrinsicamente o que ele faz não é uma conduta ilícita, mas os riscos que seus atos geram, o perigo da integridade que a instituição corre por seus atos exacerbados, é bem além do que é a praxe praticada pelo mercado. O que vimos até agora é uma Gestão centralizadora que assumiu os riscos ao gerir o clube sem o devido conhecimento e que insistiu em não se cercar de pessoas que poderiam contribuir para que o cenário fosse diferente caracterizando-se a Gestão Temerária", disse um dos trechos do documento.
"O Santos Futebol Clube acumula derrotas e fracassos pelo terceiro ano consecutivo e está entre os clubes que mais investiram em contratações o que corrobora com o fato de que o problema não é a falta de dinheiro e sim, como ele é gasto. A gestão, no total, trouxe 31 jogadores, oito técnicos e seis gestores de futebol, entre executivos e gerentes 'comprovando que não existe um planejamento estratégico'. Não podemos nos omitir mantendo uma Gestão que caminha a passos largos para o rebaixamento do Clube no Campeonato Brasileiro que se inicia em alguns dias", completou.
O pedido de impeachment segue o Artigo 69 do Estatuto santista. O presidente do Conselho Deliberativo (CD) encaminhará o requerimento para a Comissão de Inquérito e Sindicância (CIS) em um prazo de cinco dias. O órgão dará a Rueda ciência do processo de impedimento e, a partir daí, o dirigente terá dez dias para articular sua defesa.
Por fim, o CIS emitirá um parecer ao Conselho Deliberativo dentro do prazo de sete dias. Se favorável, o processo será levado à votação no CD.
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