quarta-feira, 31 de julho de 2019

Prefeitura de Campo Grande deve lançar novo hospital até o fim deste ano






O projeto do Hospital Municipal de Campo Grande (HMCG), que vai seguir o modelo do Hospital Municipal de Cuiabá (HMC) – no Mato Grosso –, poderá ser concluído ainda em 2019. A previsão da Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) é de que até dezembro deste ano todo o planejamento para a obra esteja pronto e possa começar a ser executado em 2020.

Apesar de não divulgar detalhes do trabalho, ontem a prefeitura publicou decreto que cria a Comissão Especial Estratégica para acompanhar o projeto do HMCG. No texto, o prefeito Marcos Trad explicou que a comissão tem caráter consultivo e deliberativo em diversos níveis de atuação. Na prática, os nove integrantes vão acompanhar e definir todas as fases de criação e execução do projeto de construção da unidade. Porém, apesar de prever a quantidade de membros, o número está incorreto, já que ficou determinado um presidente, um secretário e oito membros representantes das Secretarias e da Procuradoria-Geral do Município. Ou seja, a quantidade de membros deveria ser de dez no total.

O decreto estabelece que os representantes serão nomeados por ato próprio do chefe do Executivo municipal. As reuniões, que ainda não aconteceram, serão quinzenais ou mesmo com maior regularidade, de acordo com a necessidade ou convocação. E todas as decisões devem ser tomadas com pelo menos 50% dos membros.

Entre as responsabilidades previstas, o grupo deverá definir o melhor projeto e estratégia que atenda às reais necessidades do município, definir ações para maior celeridade do processo de criação e execução da obra, além de acompanhar a mesma em todas as fases – desde a captação de recursos a entrega da obra – e emitir parecer quanto ao desenvolvimento dos eventos e espaços fiscalizados, tudo devidamente relatado.

O decreto também foi assinado pelo secretário municipal de Saúde, José Mauro Filho, que deve ser nomeado presidente da comissão. A reportagem entrou em contato com ele, que não atendeu às ligações e nem respondeu as mensagens enviadas. Em nota, a Sesau informou que ainda não há definição quanto ao custo e nem detalhes a respeito do projeto. “Isso deverá ser deliberado durante os trabalhos da comissão. O secretário de Saúde, José Mauro Filho, também não deve dar nenhuma declaração neste momento, uma vez que tais encaminhamentos que envolvem a construção de uma unidade hospitalar própria no município são embrionários e carecem de melhor aprofundamento”.

A previsão é de que possíveis detalhes do projeto sejam divulgados somente após os encaminhamentos feitos nas reuniões da comissão. O secretário Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos (Sisep), Rudi Fiorese, um dos possíveis membros do grupo, adiantou que o hospital deverá ser construído especificamente para o uso previsto, sem utilização de um prédio para ser adaptado. “A ideia é uma construção nova, para seguir as exigências – que são tantas. Se pega um prédio pronto, precisa de tanta reforma e adaptações que não cabe. A gente ainda não definiu cronograma de ações; essa comissão vai analisar as questões”, disse o titular da pasta.

Fontes da Sesau ouvidas pelo Correio do Estado apontam que o hospital deverá ser construído em uma das saídas da cidade. São cogitadas as saídas de Sidrolândia e São Paulo (via BR-262). “Para acesso de ambulâncias, tráfego, uma das saídas é, possivelmente, a melhor opção. Mas ainda vamos analisar”, explicou um membro do primeiro escalão da Secretaria Municipal de Saúde.

VISITA


Reportagem publicada pelo Correio do Estado no dia 26 de junho já tinha adiantado a intenção da prefeitura e do governo do Estado de construir um hospital municipal em Campo Grande, proposta ventilada desde 2013, mas que nunca saiu do papel. A principal intenção é sair “das mãos” da Santa Casa, especialmente na área de média e alta complexidade.

No dia 25 de junho, o secretário municipal de saúde, José Mauro Filho, esteve em Cuiabá (MT) para conhecer o hospital municipal Dr. Leony Palma de Carvalho. “Viemos conhecer os impactos que o hospital trará para a rede SUS [Sistema Único de Saúde] em Mato Grosso. Ficamos impressionados com toda qualidade e organização técnica que foi implantada desde a fundação da obra até a entrega, que está sendo realizada em etapas. Campo Grande possui uma realidade semelhante à de Cuiabá, pois recebe muitos pacientes de outros municípios de MS. Dessa forma, acreditamos que uma unidade como está pode ser a solução para os mais de 1,5 milhão de cartão SUS atendidos na nossa Capital”, disse o titular da Sesau em reportagem publicada no site da prefeitura de Cuiabá (MT).Com informação do Portal Correio do Estado

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