domingo, 2 de fevereiro de 2020

Campo-grandenses não realizam proteção complementar contra a dengue, diz Ibope



Pesquisa do Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística (Ibope) revelou que a população de Campo Grande não pratica formas complementares de prevenção contra o mosquito Aedes Aegypti - transmissor da dengue, zika vírus e chikungunya -, além dos cuidados básicos.

O estudo inédito, encomendado pela Cruz Vermelha Brasileira, mostrou que 87% da população dos campo-grandenses se declara bem informada sobre como prevenir a dengue e, de maneira geral, verificar se não tem água parada em baldes, calhas, garrafas, ralos, tanques etc. foi consenso para 94% dos entrevistados, seguido por 92% que sabem que deixar a caixa d´água tampada e lavar os pratos dos vasos de plantas são formas de prevenção.

Porém o uso do aerossol (8%), do repelente elétrico líquido (17%) e a vacina (10%) são as alternativas menos utilizadas, o que pode ser sinal de que parte da população ainda não reconhece as alternativas nem pratica a proteção completa e constante, mesmo que 84% dos respondentes declara que a preocupação sobre a arbovirose e sua transmissão ocorre durante o ano todo.

“Precisamos redobrar a atenção no período chuvoso, lembrando que os casos estão aumentando por uma série de fatores, entre eles, a mudança no sorotipo predominante da doença e a falta de proteção completa com o uso de todos os recursos disponíveis. Por isso é importante não baixar a guarda e atuar em várias frentes ao mesmo tempo”, alerta a médica pediatra Isabella Ballalai, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBI).

Ministério da Saúde recomenda a adoção de medidas complementares ao combate à água parada, como o uso de repelentes, inseticidas e mosquiteiros. “O cuidado dentro de casa é fundamental para afastar e reduzir a reprodução do mosquito de maneira eficaz e também para combater as picadas. É possível erradicar as doenças causadas pelo Aedes aegypti e estimular as pessoas a terem pequenos gestos de prevenção e de proteção, mas cada um precisa fazer sua parte”, reforça o presidente da Cruz Vermelha Brasileira, Júlio Cals.

Além disso, quase metade - 47% - dos campo - grandenses afirma que já teve dengue ao menos uma vez. Os números também corroboram os dados do Ministério da Saúde, que contabilizaram aumento de 600% nos casos no país todo em 2019 (em relação a 2018).

Destacam-se com casos da doença Mato Grosso do Sul, o Distrito Federal e os estados de Minas Gerais, Goiás e Espírito Santo. Em 2020 já são 943 casos de dengue notificados na Capital e um homem de 30 anos morreu, segundo o último boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria Municipal de Saúde (Sesau).

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