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segunda-feira, 2 de outubro de 2017
Campo Grande tem 2 mil pacientes à espera de cirurgia ortopédica
Delídia mostra o pé do filho, Isaías Ferreira da Silva, 17 anos, que sente muita dor e anda se arrastando - Foto: Paulo Ribas / Correio do Estado
Longa espera, que em alguns casos chega a cinco anos, intensifica o drama de quem está na fila
Com fila de aproximadamente 2 mil cirurgias ortopédicas eletivas, a espera pelo procedimento custeado pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em Campo Grande é de um a seis anos. Reportagem completa está na edição de hoje do Correio do Estado.
O Conselho Municipal de Saúde (CMS) e Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) confirmam o longo período que os pacientes são obrigados a aguardar, porém divergem em relação ao tempo máximo. Enquanto o Conselho afirma ter conhecimento de que em alguns casos os doentes esperam de cinco a seis anos, a Sesau informa que é de no máximo um ano e meio.
“Meu avô, quando estava com 72 anos, ficou seis anos esperando cirurgia ortopédica de quadril. Precisava de uma prótese, só o Hospital Universitário (HU) faz o tipo de cirurgia eletiva que ele precisava, um único médico. Foi isso, esperou e tem um ano que finalmente conseguiu. É um crime que se comete com a população idosa, são pessoas que não podem esperar tanto”, afirma Sebastião Arinos Júnior, que até agosto deste ano ocupou o cargo de presidente do CMS, e agora atua como conselheiro.
A espera é, até agora, o único “remédio”, para Isaías Ferreira da Silva, 17 anos. O adolescente com paralisia cerebral está na fila para fazer cirurgia ortopédica no pé direito há um ano e não tem previsão de ser atendido. “Levei ele na médica, no CEM (Centro de Especialidades Médicas), que pediu dois exames. Um conseguimos fazer o outro vou ter que pagar. Mas é uma situação muito difícil eu não tenho mais como atender meu filho, não consigo carregar ele”, relata a mãe de Isaías, Delídia Ferreira da Silva, 53 anos.
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