Folhapress
Usuários
do Brasil, Rússia e Itália foram os mais atacados por um malware
financeiro (espécie de vírus), de acordo com o relatório mensal de
ameaças on-line do setor bancário da empresa de segurança digital
Kaspersky Lab.
No período analisado pelo
estudo, de 19 de abril a 19 de maio, os softwares da empresa bloquearam
126,6 mil tentativas de infecção por malware capazes de roubar dinheiro
de usuários de internet banking nos três países.
O número representa mais de um terço do total de usuários atacados por softwares maliciosos bancários no mundo todo.
Em
geral, cibercriminosos tentam roubar detalhes do cartão de crédito dos
usuários com a ajuda de trojans especializados (programas
mal-intencionados que ajudam hackers a entrar em sistemas protegidos).
Do
meio de abril até o meio de maio, o Zeus foi, mais uma vez, o trojan
bancário mais difundido. De acordo com a pesquisa da Kaspersky Lab, o
programa estava envolvido em 198,2 mil ataques de malware a clientes de
bancos. Cerca de 82,3 mil pessoas foram atacadas pelo trojan
Banker.Win32.ChePro e pelo Banker.Win32.Lohmys, todos de origem
brasileira.
Outro método de roubar dados
bancários é por ataques de "phishing". Durante o período do relatório, a
empresa bloqueou 21,5 milhões de ataques e quase 10% deles (cerca de 2
milhões) tinham como alvo os dados dos cartões de crédito dos usuários.
O
período analisado no relatório foi escolhido em função da falha
"HeartBleed", encontrada na popular biblioteca de criptografia OpenSSL,
que prejudicou seriamente a segurança do sistema de pagamentos on-line. O
bug permitia que criminosos pudessem acessar a memória de um
dispositivo, seja um smartphone, um computador pessoal ou um servidor.
"A
falta de atualização da biblioteca oficial por várias horas após a
detecção da vulnerabilidade e a reação demorada dos serviços de
segurança de TI em instituições financeiras levou, em alguns casos, ao
vazamento de dados de transações bancárias. É por isso que, nos próximos
meses, podemos esperar uma onda de transações fraudulentas", diz Sergey
Golovanov, pesquisador de segurança da Kaspersky Lab.
No
começo deste ano, a RSA, divisão de segurança da multinacional de
tecnologia EMC, inaugurou no Brasil o terceiro escritório de sua unidade
de combate a crimes cibernéticos --os outros ficam nos EUA e em Israel.
A
sede em Campinas, São Paulo, foi criada porque o Brasil é um país
"estratégico no combate ao cibercrime", segundo explicou Moran Adrian,
30, gerente sênior de soluções técnicas de projetos na área de
gerenciamento de ameaças da RSA.
De acordo com
Adrian, foram registrados no mundo, em 2013, 450 mil ataques on-line,
gerando perdas de US$ 5,9 bilhões. Colômbia e Brasil estão na lista dos
dez países foco de "phishing".
No ano passado, o
Brasil foi alvo de 39% dos crimes de "phishing" praticados na região e
teve perdas estimadas em US$ 86 milhões (cerca de R$ 190 milhões). No
geral, o Brasil perdeu entre US$ 7 bilhões e US$ 8 bilhões em 2013 com
ataque de hacker, roubos de senha, clonagem de cartões, pirataria
virtual, além de espionagem industrial e governamental, entre outros
crimes cibernéticos.
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Divulgação de acontecimentos culturais, na cidade de Campo Grande MS, e Estado, shows,teatro,cinemas.
domingo, 6 de julho de 2014
Brasil é um dos três paises mais atacados por virus bancários
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