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Nos dois primeiros anos da preparação da seleção brasileira para a Copa do Mundo, o torcedor que acompanhou a trajetória da equipe se cansou de ouvir justificativas das mais variadas para o time não engrenar. A culpa era do adversário, que jogava fechado demais; do calendário, que não permitia que se treinasse o bastante; da imprensa, que questionava as escolhas do técnico Mano Menezes; da juventude da equipe, que impedia que a seleção encontrasse uma formação mais consistente.
A virada da equipe com seu novo treinador, Luiz Felipe Scolari, representou não apenas um ganho enorme nos resultados e na solidez do time. O grupo de Felipão deixou de lado qualquer desculpa e passou a encarar cada jogo como uma oportunidade de vencer, sem pensar muito no que pode dar errado. Com isso, o time enfim conseguiu convencer o torcedor – que, por mais que discorde de uma ou outra escolha do técnico, reconhece claramente o espírito competitivo e aguerrido do time.
Será assim também nesta quinta-feira, na abertura do Mundial, em São Paulo, contra a Croácia. Na véspera da partida, que começa às 17 horas (de Brasília), no Itaquerão, Scolari e seus jogadores deixaram claro que não vão se esconder atrás de qualquer dificuldade que aparecer pelo caminho. O Brasil chega para a estreia na Copa muito fortalecido, sem temer o adversário nem a pressão. Na semana passada, em suas entrevistas depois das partidas contra Panamá e Sérvia, Felipão lembrou que o tempo de preparação foi mais curto que o de outras Copas – mas o técnico não se lamentou sobre o período disponível para preparar a equipe. “Se eu fosse escolher uma estratégia de trabalho, faria tudo igual. Foi muito bom. Evoluímos bastante. Estávamos sem jogar havia três meses, tínhamos de realinhar a equipe, fomos crescendo em cada amistoso. Agora, estamos todos em condições de jogo. Fizemos tudo o que foi combinado e seguimos tudo à risca”, disse o treinador.
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