A empresa Mercode espalhou painéis com fotos que imitam gôndolas de supermercado em três estações do metrô de São Paulo, na semana passada, para divulgar o lançamento de um aplicativo que permite compras de supermercado pelo celular.
Junto aos itens em exposição, também estão QR codes (espécie de código de barras que pode ser lido pela câmera do aparelho). Após escanear o código, o usuário será direcionado para o aplicativo para comprar produto.
Apesar do marketing, o aplicativo não funciona só por esse sistema --a ferramenta tem produtos pré-cadastrados e também "lê" códigos de barras.
Fábio Campos, 27, presidente da empresa, explica que o que é comprado usando a plataforma na cidade de São Paulo é entregue na casa do cliente no mesmo dia, para aquisições feitas até o meio-dia, ou no dia seguinte.
A companhia foi criada em julho de 2013 como um supermercado on-line. A decisão de investir na venda por aparelhos móveis foi tomada para reduzir o tempo gasto em grandes compras --eles prometem que a operação pode ser feita em menos de dez minutos se o usuário deixar gravados os itens recorrentes.
A empresa, que vende 2.500 produtos, atua com recursos de investidores individuais, de valor não revelado. A meta é faturar R$ 1 milhão em 2014.
Trata-se de um mercado desafiador, segundo Pedro Guasti, diretor-geral da consultoria E-bit.
O trânsito de grandes cidades como São Paulo torna o processo de entrega complexo e caro, principalmente para produtos perecíveis.
Mas há um grande potencial para expansão: hoje as vendas de alimentos são apenas 1,5% de todo o comércio eletrônico.
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