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Quinze anos depois, as taxas de remissão de diabetes foram de 30,4% entre os que fizeram a cirurgia, significativamente maior do que os 6,5% de remissão no grupo de controle
A cirurgia bariátrica para redução de estômago supera outros tratamentos por conseguir levar pacientes obesos à remissão da diabetes tipo 2, segundo um estudo sueco publicado nesta terça-feira. A remissão é o período em que os pacientes têm menor necessidade de insulina.
A pesquisa, que será divulgada na edição desta quarta-feira do Jornal da Associação Médica Americana (JAMA), também mostrou que o procedimento está vinculado a um número menor de complicações relacionadas à diabetes nas pessoas que estão muito acima do peso.
Os autores descobriram que a proporção de pessoas com diabetes tipo 2 que fizeram cirurgia bariátrica e estavam em remissão era de 72,3%, dois anos depois do procedimento, contra 16,4% no grupo de controle.
Quinze anos depois, as taxas de remissão de diabetes foram de 30,4% entre os que fizeram a cirurgia, significativamente maior do que os 6,5% de remissão no grupo de controle.
Todos os tipos de cirurgia bariátrica - inclusive o bypass gástrico, bem como procedimentos com bandas ou anéis ajustáveis e não ajustáveis - "foram associados com taxas mais elevadas de remissão em comparação com o tratamento usual", destacou um comunicado que anunciou o estudo.
Além disso, segundo os autores, este tipo de cirurgia também está vinculada com uma incidência menor de complicações micro e macrovasculares, embora tenham alertado que as descobertas precisam de confirmação por meio de testes aleatórios.
As descobertas vêm à tona em um momento em que obesidade e diabetes alcançam proporções de epidemia, acarretando um caro problema de saúde.
Nos Estados Unidos, mais de 29 milhões de pessoas - ou 9,3% da população - tinha diabetes em 2012, enquanto estimativas dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) apontavam para uma cifra de 26 milhões dois anos atrás.
Tratar a doença e suas complicações relacionadas custaram US$ 245 bilhões em gastos médicos em 2012, uma cifra muito superior aos US$ 174 bilhões de cinco anos antes.
Realizada por uma equipe de cientistas chefiada por Lars Sjostrom, da Universidade de Gotemburgo, a pesquisa consistiu em um acompanhamento do Estudo Sueco sobre Indivíduos Obesos.
O tempo de acompanhamento médio foi de 18,1 anos para pessoas que se submeteram à cirurgia e de 17,6 anos para o grupo de controle, com a finalidade de determinar os efeitos de longo prazo dos procedimentos bariátricos, da remissão de diabetes e das complicações vinculadas à diabetes.
De acordo com dados dos CDC, divulgados esta terça-feira, uma em cada quatro pessoas com diabetes nos Estados Unidos não sabe que tem a doença.
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