quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Neymar nega proteção e fala em responsabilidade


Folhapress

Após vencer a Copa das Confederações e estrear pelo Barcelona, o atacante Neymar disse hoje que está pronto para assumir a responsabilidade na seleção e negou que houve "proteção" dos colegas de time para preservá-lo de pressão.

"Essa proteção nunca existiu. Todos nós temos responsabilidade, isso aqui não é tênis, que é só um cara. São 11 jogadores e os suplentes. Não tem como o atacante marcar e defender", disse Neymar.

"Se não tiver o zagueiro dando carrinho, a gente não consegue fazer gols para ganhar a partida. Cada um tem sua função e isso é que torna uma equipe. A minha é de criar, fazer gol e ajudar na marcação também", afirmou.

O atacante ainda brincou: "Se tu me der mais responsabilidade que tenho, você está de sacanagem comigo". "Responsabilidade a gente sempre tem, independente do lugar e do status. Se a gente está mal, tem a responsabilidade de melhorar. Se a gente está bem, tem a responsabilidade de se manter bem".

A seleção brasileira joga contra a Austrália no feriado de 7 de setembro em Brasília e, depois, vai aos Estados Unidos enfrentar Portugal no dia 10. A partida em Brasília será a primeira no Brasil após a vitória na Copa das Confederações.

Neymar afirmou, ainda, que o título aumenta a pressão sobre o time. "Muda, sim, por ter vencido na final a melhor equipe do mundo. Já te veem com outros olhos. Temos que manter o nível alto", disse.

O atleta, contudo, evitou se comparar a Messi e Cristiano Ronaldo, que ele classificou como os dois melhores do mundo. "Eles estão em outro nível". Para Neymar, jogar no Barcelona como coadjuvante é normal.

"Eu nunca disse que queria ser o melhor do mundo. Eu queria disputar os melhores campeonatos do mundo. É uma equipe muito forte, de caras que já fizeram de tudo e vão fazer ainda. Se você for olhar a equipe do Barcelona, é uma equipe de coadjuvantes porque todos são craques", disse.

Segundo Neymar, uma das diferenças do Barcelona para o Santos é que, agora, a cobrança por pressionar o adversário é maior, em estilo semelhante ao que o técnico Luís Felipe Scolari já cobrava na seleção.

"Eu estava fazendo com a seleção treinos para pressionar o adversário com a bola. Estávamos fazendo muito isso no Barcelona e está agora diariamente na minha vida. Essa é uma característica que aumentou, que é bom para desenvolver minha carreira", disse.

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