sábado, 14 de setembro de 2013

In Utero,último disco de estudio do Nirvana completa 20 anos



EFE

 In Utero, último disco de estúdio do Nirvana, e uma potente mudança de rumo na sonoridade da banda em relação a Nevermind, completa nesta sexta-feira 20 anos sem perder a força graças a composições como Heart-Shaped Box e All Apologies.

Uma das mais importantes bandas do rock nos anos 90 foi consagrada com Nevermind (1991). Transformados em reis do grunge, Kurt Cobain, Krist Novoselic e Dave Grohl decidiram se distanciar daquele sucesso e optar por caminhos mais crus, retornando à sua origem punk.

Em 1993 a dependência química de Cobain e seu conturbado casamento com Courtney Love ocupavam as manchetes quase tanto quanto a música do grupo. Desconfortáveis com esse tipo de popularidade, o Nirvana decidiu olhar de novo para suas raízes, para alegria dos fãs do álbum de estreia, Bleach (1989), desconcertados com a conversão de seus ídolos em heróis da MTV.

A gravação de In Utero, que vendeu mais de cinco milhões de cópias nos Estados Unidos, aconteceu com eles isolados do mundo durante duas semanas, com produção de Steve Albini. Elas aconteceram praticamente sem problemas. O drama veio depois, quando a gravadora rejeitou o resultado e convenceu Cobain a remixar em Seattle Heart-Shaped Box e All Apologies, os singles do álbum.

O disco, apesar da incerteza inicial, ficou em primeiro na lista dos mais vendidos dos Estados Unidos, e convenceu também à crítica. Ele aparece em algumas listas dos melhores discos da história.

Para celebrar seu 20º aniversário, será lançado dia 24 uma versão remasterizada do disco, incluindo um remix, um DVD e uma série de gravações ao vivo, além de fotos e anotações, algumas inéditas, feitas pelos integrantes.

Gravar Nevermind com (o produtor) Butch Vig foi muito diferente do que com Steve, relembrou Grohl à emissora pública de rádio NPR. Novoselic admitiu que o desafio para o Nirvana era demonstrar seu valor para Steve Albini, conhecido por sua forma meticulosa de trabalhar.

Começamos com Serve the Servants e não paramos até o final. Terminamos, nos olhamos e concordamos que tinha soado muito bom. Steve estava de acordo, e seguimos assim, contou o baixista.

Eles revelaram que a intenção original era desconcertar os admiradores, tanto do mainstream como os mais apegados à veia independente.

Para se afastarem ainda mais do fantasma de Nevermind, que pairava sobre a banda, Cobain cogitou intitular o álbum de I Hate Myself and Want to Die (Eu me odeio e quero morrer).

Por fim o vocalista se contentou em incluir uma canção chamada Rape Me (Me estupre) e a uma jovem vestida como se fosse da Ku Kux Klan no clipe de primeiro simples, Heart-Shaped Box

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