terça-feira, 6 de fevereiro de 2024

Preço do milho cai em Chicago e sobe no Brasil

 

                                                Divulgação

Estabilidade observada em dezembro nos preços em Chicago foi substituída por uma tendência de baixa


O preço do milho apresentou variações significativas no início de 2024, conforme apontado em uma análise do Itaú BBA. Enquanto os contratos futuros em Chicago indicaram uma queda de 3,5%, fechando a USD 4,53/bu em janeiro, o mercado brasileiro registrou um movimento oposto, com uma valorização de 0,5% em Campinas durante o mesmo período. Segundo o relatório do Itaú BBA, a estabilidade observada em dezembro nos preços em Chicago foi substituída por uma tendência de baixa no primeiro mês do ano, atribuída principalmente a uma nova revisão para cima na oferta do cereal americano. A produção nos Estados Unidos foi elevada para 390 milhões de toneladas, alcançando um recorde histórico.



No Brasil, o mercado de milho também experimentou mudanças significativas. Após uma forte valorização em dezembro, os contratos futuros na Bolsa de Valores brasileira (B3) fecharam janeiro com uma queda. No entanto, os preços médios dos contratos na B3 permanecem próximos de R$ 70/saca, indicando uma valorização em relação aos preços spot em Campinas.


A análise do Itaú BBA destaca também as projeções da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) para a safra brasileira de milho. Prevê-se uma queda de 10,9% na produção em comparação com a safra anterior, influenciada por adversidades climáticas durante a safra de verão e expectativas de redução na área semeada em 2023/24.


No contexto internacional, o relatório menciona as atualizações realizadas pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que elevou tanto a produção americana quanto a chinesa do cereal. Essas mudanças no balanço de oferta e demanda, juntamente com um cenário de estoques altos e preços pressionados, podem influenciar a decisão dos produtores americanos em favor da soja para a próxima safra.


Além disso, o Itaú BBA ressalta as expectativas de uma redução no consumo de ração na China, refletindo a transição de produtores de suínos para a produção de frango devido aos preços baixos e à rentabilidade negativa da suinocultura. Essa mudança no mercado chinês também pode impactar as importações de milho neste país.

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