quinta-feira, 18 de janeiro de 2024

Acrissul vai ter que pagar R$ 1,5 milhão para liberar shows

 

                                            Parque de Exposições Laucídio Coelho (Foto: Acrissul)


Parque de Exposições pode receber até 12 shows por ano, com término à meia-noite e meia


A Justiça homologou o acordo entre o Ministério Público Estadual (MPE-MS) e a Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul (Acrissul) para liberar a realização de shows no Parque de Exposições Laucídio Coelho, em Campo Grande.


Para a Acrissul, a principal exigência é o pagamento de R$ 1,5 milhão por ano para a realização de 12 shows no parque. O valor será dividido entre o Fundo Municipal de Meio Ambiente (FMMA) e a Fundação de Apoio à Pesquisa Agropecuária e Ambiental (Fundapam).



Além disso, a associação terá de oferecer, sem custo, um estande de 20 metros quadrados para o MPE-MS durante a Expogrande.


A Acrissul também se comprometeu a oferecer 15 vagas em projeto de equoterapia para crianças com espectro autista até 31 de dezembro de 2028. Os alunos serão indicados pela Secretaria Municipal de Saúde (Sesau).


Por fim, os shows deverão terminar à meia-noite e meia.


O promotor Luiz Antônio Freitas de Almeida, que representou o MPE-MS no acordo, afirmou que a solução busca uma forma equilibrada de dar fim a uma longa disputa judicial.


“Com efeito, por mais que o Ministério Público tenha tentado buscar o cumprimento das obrigações homologadas judicialmente em acordo pretérito, é fato que o Poder Judiciário vem, ao longo dos anos, permitido a realização de eventos festivos”, disse.


“No entanto, houve a construção de consenso em torno dessa solução que se mostra razoável e que permitirá a manutenção dos eventos, beneficiando a economia local e o público, sem causar grandes transtornos aos moradores próximos do parque de exposições”.


O presidente da Acrissul, Guilherme Bumlai, afirmou que a Expogrande cumpre seu papel social, histórico e cultural na cadeia do agronegócio.


“A Expogrande cumpre seu papel social, histórico e cultural na cadeia do agronegócio, e a associação pretende consolidar essa posição da feira como vitrine do agro e das tradições do Estado”, disse.


O acordo foi homologado pelo desembargador Sideni Soncini Pimentel, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS).

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