quinta-feira, 3 de agosto de 2023

Hospitais de Campo Grande vão receber R$ 830,2 mil para reconstrução mamária

 


Portaria divulgada nesta quinta-feira (3), no Diário Oficial da União (DOU), destina R$ 830,2 mil para a realização de reconstrução mamária pós mastectomia total, em casos de câncer. 


Conforme especificado na portaria, foram contemplados com os recursos o Hospital Regional de Mato Grosso do Sul, com R$ 271.111,68, e o Hospital do Câncer Alfredo Abrão, com R$ 559.167,84. 


No País, o Governo Federal liberou o montante de R$ 66,9 milhões em recursos para incentivar a facilitar o acesso à reconstrução mamária. 


Atualmente, o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece o procedimento de reconstrução mamária de forma gratuita para mulheres que fizeram a retirada total da mama em decorrência do câncer. 



Acessibilidade 

Dados do Ministro da Saúde indicam que mais de 20 mil mulheres aguardam na fila pelo procedimento na rede pública. 


Conforme divulgado pela Sociedade Brasileira de Mastologia, a reconstrução mamária é uma cirurgia ainda difícil de conseguir para milhares de mulheres brasileiras. 


Um estudo realizado por pesquisadores da Rede Goiana de Pesquisa em Mastologia revela que das 210 mil mulheres que realizaram cirurgias de câncer de mama no Brasil entre 2008 e 2015, quase 44% (92,5 mil) fizeram cirurgia de mastectomia. Dessas, apenas 18 mil (20%) tiveram suas mamas reconstruídas pelo SUS. 


O cenário é alarmante, pois muitas mulheres passam anos aguardando pela cirurgia.


A legislação brasileira garante que todo paciente com câncer de mama que teve a mama retirada total ou parcialmente em decorrência do tratamento oncológico tem o direito de realizar cirurgia plástica reparadora. 


Por lei, tanto o Sistema Único de Saúde (SUS) quanto os planos de saúde são obrigados a realizar essa cirurgia. 


Sobretudo, a legislação assegura às mulheres com câncer de mama o direito à cirurgia de simetrização da mama contralateral e de reconstrução do complexo aréolo-mamilar.


Apenas por razões clínicas ou técnicas talvez não seja possível realizar a cirurgia de reconstrução mamária logo após a retirada da mama. 



VALESCA CONSOLARO

Com informação do Portal Correio do Estado

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