quinta-feira, 6 de julho de 2023

Leila Pereira nega fraqueza do Palmeiras nos bastidores: "Faço o possível e o impossível"

 

Gazeta Esportiva

A resposta que a CBF publicou após as falas de João Martins, depois da partida entre Athletico-PR e Palmeiras, levantou dúvidas sobre a força do clube palestrino nos bastidores. Na última quarta-feira (5), a presidente do Verdão, Leila Pereira, reiterou o trabalho feito pelo Alviverde 'atrás das cortinas'.


"Eu ouço, da imprensa também — grande parte da imprensa é muito séria, mas tem outros que não têm credibilidade — , formadores de opinião, que ficam elocubrando que o Palmeiras não faz trabalho de bastidor. Mas se o trabalho é de bastidor, então é sigiloso. Não é para ninguém saber. Então de onde dizem que o Palmeiras não faz isso?", indagou.


"Ficam pessoas inventando coisas, disseminando fake news. O Palmeiras faz trabalho de bastidor sim, a presidente é recebida em todos os órgãos — porque o Palmeiras é um clube que tem muita credibilidade, a presidente também. Somos sempre muito bem recebidos em qualquer lugar. Faço o possível e o impossível para resolver esse problema de arbitragem", completou Leila.


A presidente do Palmeiras foi a única representante do clube a falar com a imprensa no Choque-Rei da última quarta-feira, que teve vitória do São Paulo em pleno Morumbi, por 1 a 0. O Tricolor de Dorival Júnior abriu vantagem nas quartas de final da Copa do Brasil.


Após o confronto na Ligga Arena, antiga Arena da Baixada, válido pela 13ª rodada da Série A do Campeonato Brasileiro, João Martins detonou a arbitragem nacional e apontou que "é ruim para o sistema o Palmeiras ganhar (o Brasileirão) dois anos seguidos". Além disso, o auxiliar declarou que "na Europa, não veem jogos do Brasileiro porque parece mais teatro do que futebol".


A fala gerou uma resposta contundente da CBF. Na manhã da última segunda-feira, a entidade nacional acusou o auxiliar de xenofobia, criticou pesadamente as declarações e reiterou que irá ao STJD "para que ele (João Martins) revele qual seria o esquema ou o sistema no futebol brasileiro que não permite que o melhor vença". O Palmeiras logo contra-atacou. Em extensa nota, o Verdão defendeu o auxiliar, pediu isonomia, apontou agressividade da CBF e questionou a entidade em oito pontos diferentes, voltando a citar erros de arbitragem contra a equipe.


Uma das vozes que cobrou maior força do Verdão nos bastidores, por exemplo, foi a do ex-presidente Paulo Nobre. "A grande verdade é que só montar um grande time não basta no Brasil, pois o mesmo esforço que jogadores e CT têm que ter nos treinos e nos jogos, é necessário ter fora de campo nos bastidores — não para seu time ser beneficiado, mas simplesmente para não ser tão prejudicado! Caso contrário, “o sistema” tenta democratizar e socializar a esportividade tentando evitar que um time tenha muita hegemonia", apontou o antigo mandatário do clube.


"Fazer bastidor é trabalhar a prevenção de um mal, e, se isso for feito apenas depois do prejuízo causado, o leite já terá sido derramado! É um trabalho chato e semanal… a FPF fica ao lado da Academia de Futebol e a CBF fica a 40 minutos de voo, pousando em Jacarepaguá", indiciou Nobre.

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