Reprodução: Prefeitura de Campo Grande
A LV (Leishmaniose Visceral ), uma doença causada por um protozoário da espécie Leishmania chagasi, é uma zoonose de evolução crônica, que se não tratada pode levar a óbito em até 90% dos casos. Ela é transmitida aos animais e humanos pela picada de mosquitos infectados, como o flebotomíneo (mosquito-palha).
Nesse contexto, a realização do exame de leishmaniose em animais é de extrema importância para a detecção e controle da doença. Através do diagnóstico precoce, é possível tomar medidas de controle e prevenção, evitando a propagação da doença para outros animais e para os seres humanos.
Em Campo Grande, o exame laboratorial para detecção da Leishmaniose Visceral Canina é realizado gratuitamente na Coordenadoria de Controle de Zoonoses (CCZ), localizado na Avenida Senador Filinto Muler, 1.601 – Vila Ipiranga.
As coletas de sangue ocorrem de segunda a sexta-feira, das 7h às 21, e aos sábados, domingos e feriados, das 6h às 22h, sem a necessidade de agendamento. Os resultados são enviados ao tutor via WhatsApp em até 10 dias úteis. O exame é indicado para cães com idade superior a quatro meses.
Campo Grande está localizada em uma região endêmica para leishmaniose visceral, que acomete tanto seres humanos quanto cães, que também podem adoecer gravemente.
Em 2022, foram registrados no CCZ 1.670 animais positivos para Leishmaniose. Os dados são de tutores que se dirigiram ao órgão para realizar o teste.
Os exames realizados em clínicas particulares não são computados nas estatísticas do CCZ. Somente neste ano foram registrados 33 casos da doença em humanos na cidade, e estima-se que 20% da população canina também esteja infectada com o protozoário.
Prevenção
A prevenção da Leishmaniose Visceral ocorre por meio do combate ao inseto transmissor. É possível mantê-lo longe, especialmente com o apoio da população, no que diz respeito à higiene ambiental. Essa limpeza deve ser
feita por meio de:
Limpeza periódica dos quintais, retirada da matéria orgânica em decomposição (folhas, frutos, fezes de animais e outros entulhos que favoreçam a umidade do solo, locais onde os mosquitos se desenvolvem);
Destino adequado do lixo orgânico, a fim de impedir o desenvolvimento das larvas dos mosquitos;
Limpeza dos abrigos de animais domésticos, além da manutenção de animais domésticos distantes do domicílio, especialmente durante a noite, a fim de reduzir a atração dos flebotomíneos para dentro do domicílio;
Uso de inseticida (aplicado nas paredes de domicílios e abrigos de animais). No entanto, a indicação é apenas para as áreas com elevado número de casos, como municípios de transmissão intensa (média de casos humanos dos últimos 3 anos acima de 4,4), moderada (média de casos humanos dos últimos 3 anos acima de 2,4) ou em surto de leishmaniose visceral;
Uso de Coleiras à base de Deltametrina a 4%, cães;
Vacinação dos cães;
Instalação de telas de proteção nas residências.
Sintomas
Em animais:
Lesões cutâneas: feridas em volta dos lábios, orelhas, focinho
Aumento excessivo das unhas
Secreção ocular
Emagrecimento
Baixa imunidade, que pode resultar em infecções secundárias
Sangramento do nariz
Vômito
Diarreia
Transtornos no sistema renal, hepático e neurológico
Os sintomas da leishmaniose em humanos são:
Febre constante
Aumento do baço e fígado
Indisposição
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