quarta-feira, 19 de julho de 2023

Bailarino do Moinho Cultural é vencedor do Festival Internacional de Dança de Goiás

 

                                            DIVULGAÇÃO


O elenco do Instituto Moinho Cultural Sul-Americano, de Corumbá, participou do Festival Internacional de Dança de Goiás, realizado no início do mês, em Goiânia, e voltou para a Cidade Branca com cinco medalhas na bagagem. Três bailarinos participaram da mostra competitiva do festival em diferentes categorias e tiveram suas coreografias reconhecidas pelo júri.


No total, os artistas conquistaram cinco medalhas. O bailarino Marcos Souza é o responsável por três delas, inclusive a mais importante: ele ficou em primeiro lugar na categoria Contemporâneo, recebendo a medalha de ouro pela performance da coreografia “Epiderme”, uma criação de Pedro Barros.


As outras duas medalhas que Souza recebeu são de bronze, pelo terceiro lugar tanto na categoria Jazz – com a coreografia “Fuga”, de Frantiely – quanto na categoria Clássico”, na qual o artista de Corumbá apresentou uma variação masculina do balé cômico “La Fille Mal Gardée” (“A Filha Mal Educada”), do francês Jean Dauberval (1742-1806).


A obra máxima de Dauberval estreou em 1º de julho de 1789, em pleno auge da Revolução Francesa (1789-1799). Ao longo do tempo, ganhou partitura musical de diversos compositores, a exemplo de Pierre Gaveaux (1760-1825), Ferdinand Hérold (1791-1833), Aimé Leborne (1791-1866), Cesare Pugni (1801-1870) e Peter Ludwig Hertel (1817-1899).



Já a bailarina Yasmin Rodrigues foi premiada com o terceiro lugar, também na categoria Clássico, por ter apresentado uma variação feminina de “A Escrava e o Mercador”, número que se define como um pas d’action dramático para três bailarinos e que integra o balé “Le Corsaire” (“O Corsário”), baseado no poema de Lord Byron (1788-1824), cuja versão mais célebre da obra foi coreografada pelo russo Marius Petipa (1818-1910).


Por fim, o bailarino Pedro Barros é mais um dos artistas do Moinho Cultural a ter levado a medalha de bronze. Seu terceiro lugar foi obtido pelo desempenho durante a performance de “Diana e Acteon” (1868), um grand pas de deux criado, uma vez mais, por Petipa. Barros dançou esse número acompanhado de Yasmin Rodrigues.


MARAVILHA DANÇANTE

Apesar das cinco premiações da equipe do Moinho Cultural, o bailarino comenta que a experiência e o aprendizado durante a temporada em Goiânia foram o ponto alto da viagem. “Enquanto estivemos por lá, conhecemos muitos outros bailarinos, vimos eles dançarem em várias modalidades e tivemos contato com culturas diferentes. A gente procurou absorver o máximo”, conta Pedro Barros.


“Além disso, acompanhamos de perto a conexão dos bailarinos de outros grupos. A força, a garra, a entrega deles para fazer o melhor no palco. O apoio que tinham com o outro. E também trabalhamos em equipe. Éramos uma equipe, pois não só dançamos como apoiamos na hora da apresentação do outro. Estamos em constante transformação e aprendizado, mais uma coisa que agregamos ao nosso trabalho”, diz.


Já Yasmin Rodrigues explica que o Festival Internacional de Dança de Goiás foi intenso. “Tivemos uma semana inteira de muitos aprendizados. Fizemos cursos com professores renomados, como Telmo Moreira e Bradley Shelver, marcamos presença no coach de variação de repertório, com os professores Telmo Moreira e Andreza Randisek, e ainda aproveitamos o palco maravilhoso do Centro Cultural Oscar Niemeyer. O festival contava com uma estrutura maravilhosa, que nos acolheu e fez com que tivéssemos uma experiência dançante incrível”, descreve.


Para a bailarina, as premiações dão visibilidade ao trabalho desenvolvido pelo Moinho Cultural há 18 anos. “Fiquei muito feliz pelo reconhecimento do nosso esforço e do nosso trabalho e muito grata por ter essa instituição que acredita e apoia os nossos passos”, destaca Yasmin.


Ganhador de uma medalha de ouro e duas de bronze, o bailarino Marcos Souza afirma que nunca se esquecerá da experiência adquirida. “Só tenho a agradecer a todos que me ajudaram nessa conquista. Foram sete dias corridos de muita luta e glória. Espero conseguir participar de mais competições como essa”, celebra.


JÚRI E PREMIAÇÃO

O Festival Internacional de Dança de Goiás é uma realização do Studio Dançarte, em parceria com o governo de Goiás e com o Conselho Brasileiro da Dança (CBDD). Entre os dias 5 e 9, mais de mil bailarinos e 100 grupos de 24 estados brasileiros participaram do festival, apresentando coreografias de balé clássico, dança contemporânea, jazz, sapateado, danças urbanas, populares e de estilo livre.


A programação do evento no Centro Cultural Oscar Niemeyer, com entrada gratuita ao público, incluiu também, além das mostras competitivas, sessões de gala, workshops, batalhas de hip-hop, masterclasses e uma feira com artigos voltados à dança.


A premiação total do festival somou a quantia de R$ 51 mil. Ainda, mais de 20 bolsas de estudos e residências artísticas também foram distribuídas na ocasião.


MARCOS PIERRY

Com o Portal Correio do Estado

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