Foto: Nadia Borges
Venda o físico e compre contratos em Chicago, visando ganhos com possíveis altas
Segundo a TF Agroeconômica, os preços da soja para maio de 2025 registraram queda tanto em Chicago quanto no Brasil, influenciados pelo aumento significativo da estimativa de produção da safra brasileira 2024/25. No entanto, essa tendência de baixa pode ser revertida caso as atuais condições climáticas de seca extrema e queimadas no Brasil limitem a produção.
A recomendação é que, para quem precisa vender parte da produção futura para compra de insumos, venda o físico e compre contratos em Chicago, visando ganhos com possíveis altas. Para o restante da produção, o ideal é monitorar o mercado antes de tomar decisões.
Entre os fatores de alta para o mercado, destaca-se o mau tempo nos Estados Unidos, com a tormenta tropical Francine prejudicando a colheita no sudeste, além da seca severa nas principais regiões produtoras do Brasil, que pode se tornar o principal fator de influência no mercado de soja. A demanda chinesa também se mantém forte, com recordes de importação registrados em agosto, devido à queda nos preços da soja, incentivando maiores compras. Outro fator relevante foi a nova venda de 100 mil toneladas de soja americana para a China, conforme relatório do USDA.
Em contrapartida, fatores de baixa incluem a queda nos preços do óleo de soja, pressionados pela redução nos valores do óleo de palma na Malásia e pelo bom estado das lavouras americanas, com 65% da soja em condição boa ou excelente. Além disso, o início da colheita nos Estados Unidos também colabora para manter os preços em níveis mais baixos no curto prazo. A recomendação final da TF Agroeconômica é acompanhar de perto as condições climáticas e o comportamento do mercado, mantendo a flexibilidade para ajustar as estratégias de venda conforme as variações de preços e demanda.
Agrolink - Leonardo Gottems
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