domingo, 20 de fevereiro de 2022

Ureia vinda do Irã pode chegar a 2 milhões de toneladas por ano

 


                                           Divulgação/ MAPA


Ministra Tereza Cristina ressaltou que a agricultura brasileira precisa cada vez mais de fertilizantes



Em reunião com a ministra Tereza Cristina (Agricultura, Pecuária e Abastecimento), neste fim de semana (18), o presidente da National Petrochemical Company (NPC), Morteza Shah-Mirzaei, disse que as exportações de ureia para o Brasil poderão chegar a 2 milhões de toneladas ao ano. 


A empresa responsável pelo desenvolvimento e funcionamento do setor petroquímico iraniano, afirmou que isso seria o mesmo que triplicar as exportações de ureia para o Brasil. Atualmente, o montante exportado é de 600 mil toneladas/ano. 


A ministra Tereza Cristina ressaltou que a declaração pode ser uma boa para o agronegócio brasileiro. “A agricultura brasileira precisa cada vez mais de fertilizantes. Em parceria com o Irã, asseguramos a compra estratégica desses insumos para continuar produzindo mais alimentos, com maior eficiência”. 


 A ureia é o fertilizante mais utilizado na agricultura mundial para fornecer nitrogênio para as plantas. 


O presidente da NPC destacou que a empresa tem mais de 140 produtos petroquímicos, incluindo a ureia, que podem ser comercializados. 


A NPC é uma filial do Ministério do Petróleo Iraniano, responsável pelo desenvolvimento e funcionamento do setor petroquímico iraniano.


Ontem, a ministra também visitou a Shiraz Petrochemical Company, uma das maiores produtoras de ureia do país. 


A produção anual de ureia do Irã é de cerca de 5 milhões de toneladas. Cerca de metade é vendida no mercado interno e o excedente é exportado.


Comércio

Em almoço do Fórum Empresarial Brasil-Irã, a ministra destacou que o Irã tornou-se o principal cliente da agricultura brasileira no Oriente Médio, com a importação de soja, milho e carnes. 


Mas ainda há interesse do Brasil em exportar produtos como algodão, arroz, açúcar. Por outro lado, o Brasil pode aumentar a aquisição de produtos que já importa do Irã, como nozes, castanhas e frutas secas, além de adquirir outros gêneros como o açafrão e o trigo produzido no Irã. 


“Estou segura de que encontraremos o caminho certo para superar quaisquer adversidades e intensificar nosso comércio bilateral em benefício mútuo”, disse. 


Ela também destacou o interesse do Irã em tecnologias de manejo do solo e da água e em sistemas de irrigação. Nesse contexto, a cooperação entre instituições como a Embrapa e a Agricultural Research, Education and Extension Organization (AREEO) pode tratar desses temas. 


A agenda desta sexta-feira também incluiu um jantar oferecido pela Câmara de Comércio Brasil-Irã. No sábado, a ministra deverá se encontrar com o ministro da Agricultura do Irã, Seyed Javad Sadati Nejadi, e empresas públicas importadoras de alimentos. 


RODRIGO ALMEIDA

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