domingo, 20 de fevereiro de 2022

Pré-candidato, Trutis quer ser em MS opção da direita ao governo

 


Deputado federal diz ser o único bolsonarista na disputa pelo Executivo sul-mato-grossense; ele pode concorrer pelo PTC

EDUARDO MIRANDA

O deputado federal Loester Trutis (PSL) anunciou neste fim de semana sua pré-candidatura ao governo de Mato Grosso do Sul nas eleições de outubro. 


Em seu primeiro mandato na política, o deputado resolveu mudar de patamar e se colocar na campanha como o único candidato ao governo estadual realmente bolsonarista.  


Trutis deve candidatar-se pelo Partido Trabalhista Cristão (PTC), que ao longo do ano, segundo Trutis, mudará de nome para “Agir 36”. 


A entrada do deputado federal no PTC ocorrerá no mês que vem, quando será aberta a janela partidária.  


“Até o momento eu sou o único candidato bolsonarista, da direita conservadora, que se apresenta como pré-candidato”, disse Trutis ao Correio do Estado.


Perguntado sobre se outras chapas ao governo pegarão carona no bolsonarismo, que é historicamente forte em Mato Grosso do Sul, Trutis foi categórico: 


“Assim como em 2018, eu acredito que, como o presidente acarreta muitos votos e muitos seguidores, muitos candidatos vão tentar ter essa proximidade [com Bolsonaro]”, afirmou.  


O deputado federal lembrou que, na eleição passada, embora houvesse opção de bolsonaristas nas candidaturas ao Congresso, não havia pessoas ligadas a Bolsonaro se candidatando ao governo. 


Desta vez, segundo ele, os pré-candidatos refazem a mesma tática de agradar eleitores à esquerda e à direita.  


“O [Marcos] Trad, em 2020, coligou com o PCdoB, a gente tem aí o atual secretário de Infraestrutura [Eduardo Riedel – PSDB] se alinhando com o PDT”, disse.  


Trutis ainda acrescentou. “A gente tem a Rose dentro do União Brasil, que é o partido da senadora [Soraya Thronicke – PSL] que rompeu com o presidente Bolsonaro. 


E tem o André Puccinelli [MDB], que tem uma tendência a apoiar a Simone Tebet e fazer uma federação com o próprio União Brasil”, explicou. 


CONCILIADOR

Em relação às eleições de 2018, quando surpreendeu muitos com seus mais de 56 mil votos e foi eleito na onda bolsonarista (pelo PSL, então partido do presidente), Trutis mostra-se muito mais moderado que outrora, em termos de ideologia política.  


Há quatro anos, o deputado entrou em várias polêmicas e conseguiu conquistar muitos seguidores em redes sociais. 


De lá para cá, envolveu-se em um atentado, em 2020, do qual é acusado pela Procuradoria-Geral da República e pela Polícia Federal de forjá-lo. O processo ainda tramita.  


O tom adotado por Trutis é para ampliar alianças na frente de direita. “Também quero fazer conversas conciliadoras com vários nomes da direita, estou disposto a conversar com todo mundo e meu principal objetivo, além de ajudar a chapa do presidente Bolsonaro, como eu fiz em 2018, com organização das carreatas, é correr atrás de pessoas que trabalhem voluntariamente na campanha”, alegou.  


Trutis afirmou que mantém conversas constantes com os partidos da direita e assegurou que o PL, partido do presidente da República, Jair Bolsonaro, não lançará candidato em Mato Grosso do Sul.  


Para o Senado, Trutis disse que apoiará a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, ainda no União Brasil, mas que deve mudar de partido na janela partidária. Entre os prováveis destinos dela estão o PP (favorito) e o PL (corre por fora), sigla do presidente.


“Meu objetivo é dar voz e palanque à direita conservadora e ajudar o nosso presidente Bolsonaro”, afirmou o deputado federal ao conversar sobre as eleições com a reportagem.


Com informação do Portal Correio do Estado

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