sábado, 21 de março de 2020

Prefeito ameaça toque de recolher caso bares não sejam esvaziados

Daiany Albuquerque, Izabela Jornada

Prefeito de Campo Grande, Marcos Trad (PSD), declarou que visitou alguns bairros da Capital e percebeu aglomerações em bares. “Não está descartado o toque de recolher, a gente vai esperar três dias, se continuar essa situação de pessoas enchendo o bar, vai ser a única opção”, alertou o prefeito.

De acordo com Marcos Trad, caso a população não respeite o decreto que proíbe aglomerações, ele vai aplicar a mesma ação dos países europeus, em que a saída de casa só será permitida para ir aos mercados e farmácias. “Os bares e restaurantes só estão abertos porque é essencial, vendem comida”, justificou o prefeito.

ROTINA

A partir deste sábado (21), a rotina do morador de Campo Grande será de uma maneira nunca antes imaginada. Para fazer com que todas as pessoas fiquem em casa para evitar o contágio e a disseminação do novo coronavírus, o comércio não poderá mais abrir, o transporte coletivo não funcionará mais e casas noturnas e locais de lazer também não funcionarão.

Com a suspensão das linhas de ônibus, a expectativa é que os idosos, que costumavam lotar a Praça Ary Coelho, no Centro da Capital, não tenham como se deslocar até o local e fiquem em casa.

Desde sexta-feira, os parques da cidade estão fechados, a circulação em praças públicas não é recomendada e as academias também estão com as portas com suas atividades paralisadas.

Os bancos e as escolas estaduais abriram pela última vez antes da paralisação nesta sexta-feira. A partir de hoje, estarão abertos na cidade somente supermercados (palco de uma corrida frenética nos últimos dias), farmácias, lojas de conveniência, postos de combustíveis, revendedoras de gás e de água mineral.  O avanço da contaminação em estados vizinhos, como São Paulo, onde o número de mortes aumenta a cada dia, e as centenas de mortes diárias causadas pela doença nos países europeus, é a justificativa para as medidas tomadas pelo prefeito e pelo governador Reinaldo Azambuja (PSDB).

Até a noite desta sexta-feira, Mato Grosso do Sul tinha 12 casos da doença confirmados, 11 deles em Campo Grande.
Com informação do Portal Correio do Estado

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