Medida é por conta de reivindicação por melhores salários
Jornal Correio do Estado
Em meio à criminalidade que deixa a média de 139,9 casos de roubos e furtos por dia, a população sul-mato-grossense estará à mercê de bandidos, com a segurança nas ruas abandadonada nesta sexta-feira.
A Polícia Militar, principal responsável pelo patrulhamento ostensivo, aquartela-se a partir das 7h, por 24 horas consecutivas.
A previsão é de que pelo menos 80% do efetivo cruze os braços nos batalhões em protesto por melhores salários e condições de trabalho.
Em Campo Grande, a previsão é de que a adesão seja de 60%, o que compromete sensivelmente o atendimento de ocorrências.
A manifestação preocupa, pois de acordo com a Secretaria Estadual de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), de 1º de janeiro a 31 de julho deste ano foram registrados 26.465 furtos em Mato Grosso do Sul.
No mesmo período foram 7.542 roubos, entre os quais, 4.580 apenas na Capital, somando 34.007 boletins de ocorrência pelos dois tipos de delito. Sem policiamento nas ruas, a tendência é que a média diária aumente hoje.
Edmar Soares da Silva, presidente da Associação Estadual dos Cabos e Soldados da PM e Corpo de Bombeiros (ACS/MS), disse que os servidores compreendem este risco, mas que, para minimizar o prejuízo ao cidadão, sugeriu aquartelamento de apenas 24 horas.
“Foi uma medida razoável para que pudéssemos nos manifestar com seriedade, mas prejudicando ao mínimo o trabalhador de bem. A proposta inicial seria de aquartelamento por tempo indeterminado”, pontuou.
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