Thiago de Souza Foto:TopMidiaNews
Apesar disso, ex-presidente da legenda não descarta a saída de cerca de 300 filiados
O ex-presidente do PT em Mato Grosso do Sul, Antônio Carlos Biffi, negou que esteja de saída da legenda, estimada para ocorrer neste mês. No entanto, o ex-deputado federal criticou o atual momento do partido em MS e diz que não há projetos nem lideranças fortes.
O petista dá quase como certa a desfiliação em massa de 300 membros, mas garante que o caso dele é diferente. ''Eles são eles, eu sou eu. Não posso sair agora, sou suplente no partido. E se eu sair e pintar uma vaga? O partido pode me cassar'', observou.
Ele explicou que está conversando com o partido sobre 2018, se compensa sair candidato ou não e se compensa abandonar a sigla onde militou por três décadas.
O ex-parlamentar não poupou críticas ao atual momento do partido que, segundo ele, não tem lideranças fortes para concorrer ao governo do Estado.
''Temos o Zeca para o Senado, mas isso não atrai ninguém'', explica. Ele comentou também que a prisão e cassação do ex-senador Delcídio do Amaral (Sem Partido) deixou a legenda sem projetos.
''Se ele não tivesse perdido o cargo, o cenário seria outro hoje'', estimou Biffi. ''Em vez do partido crescer, ele diminuiu'', completou.
O professor diz ter mantido boas conversas com o PDT, que já lhe fez convite. Mas também há diálogo com o PSB e o PSC.
Esclarecimento
Biffi ainda faz um esclarecimento e destaca que as dívidas do Partido dos Trabalhadores são de campanha e não de gestão. ''Não contratei pessoal a mais, não fiz gastos, o que temos é a assunção de dívidas de campanha'', alegou.
Com o fundo partidário suspenso por irregularidades na prestação de contas de campanha em 2010, o PT amarga uma crise financeira profunda. Inclusive, nove funcionários foram desligados e não tiveram seus direitos trabalhistas pagos. Seis deles já entraram com ação da Justiça do Trabalho.
Nenhum comentário:
Postar um comentário