ALMS
Os deputados estaduais da ALMS (Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul) receberam na manhã desta terça-feira (23), na sala da Presidência, o governador Reinaldo Azambuja (PSDB), que pediu uma reunião para apresentar sua defesa quanto às denúncias de suposto pagamento de propina e emissão de notas frias feitas pelos irmãos Joesley e Wesley Batista donos da empresa JBS em delação premiada.
Segundo o presidente da ALMS, deputado Junior Mochi (PMDB), o governador trouxe documentação de todos os itens delatados e deixou a Assembleia “à vontade para tomar providências necessárias para exercer seu papel fiscalizador”. Além disso, Mochi disse que Azambuja se colocou à disposição para “fazer as justificativas que os deputados acharem necessárias”.
“Três pedidos de investigação foram protocolados na Assembleia Legislativa e todas pedem apuração dos possíveis crimes de responsabilidade do governador com base nas delações da JBS, que são fatos de conhecimento público e que essa Casa [de Leis] não poderá se furtar de investigar”, afirmou Mochi.
Comissão Especial
Em sessão ordinária desta terça-feira, o deputado Pedro Kemp, em nome da Bancada do PT, apresentou um requerimento pedindo a criação de uma Comissão Especial para apurar a “atribuição ao chefe do Executivo Estadual a concessão de benefícios fiscais em troca de possível recebimento de propina, na quantia de R$ 45.631.696,03, que caracteriza conduta atentatória a probidade administrativa”.
O requerimento foi aprovado em votação simbólica durante a Ordem do Dia e o presidente Junior Mochi explicou que, criada a Comissão, os líderes das bancadas partidárias irão indicar os respectivos membros, que farão apuração das denúncias e emitirão relatório a ser aprovado em plenário.
“Os membros da Comissão devem eleger presidente e relator já na primeira reunião. Quero deixar claro que vamos nos basear no Regimento Interno e na Lei 1079 [de 10 de abril de 1950] e que a questão não é política. Teremos a maturidade, sensibilidade e sensatez para apurar os fatos e emitir os devidos julgamentos”, ressaltou o presidente.
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