Divulgação de acontecimentos culturais, na cidade de Campo Grande MS, e Estado, shows,teatro,cinemas.
quinta-feira, 23 de março de 2017
ESTREIA–Chico Diaz e Caio Castro são pai e filho distanciados em “Travessia”
Em “Travessia”, Caio Castro e Chico Diaz são Júlio e Roberto, respectivamente, pai e filho, que não se entendem desde a morte da mãe do rapaz. O longa, dirigido por João Gabriel, acompanha a dupla que se afasta com o tempo e fatos inesperados acontecem em suas vidas.
Eles moram em Salvador. O longa começa com Júlio procurando um novo apartamento para morar longe do pai. Para ganhar a vida, o rapaz venderá drogas em baladas da cidade. Enquanto isso, o pai procura prostitutas, até que, depois de uma noitada, bêbado atropela um garoto, que fica em coma.
O roteiro, assinado pelo diretor, Paulo Tiago dos Santos e Maria Carolina, acompanha a jornada desses dois personagens em seus infernos pessoais em busca de uma redenção que talvez nunca venha.
Júlio, sem que a namorada (Camila Camargo) saiba, se envolve cada vez mais com esquemas de vendas de drogas em baladas. Roberto acompanha o estado do garoto em coma, cuja família não se manifestou ainda. Se ele morrer, o protagonista responderá na justiça pelo crime. Entre uma ida e outra ao hospital, acaba se envolvendo com uma enfermeira (Cyria Coentro), que repete com Diaz a parceria da novela “Velho Chico”.
“Travessia” é um estudo sobre duas personalidades lidando com o luto, e falhando nesse intento. Diaz é um intérprete intenso, capaz de traduzir emoções num simples olhar. O filme encontra seus melhores momentos nas cenas do ator, mas esbarra nas limitações de Castro, que atravessa o longa com as mesmas feições, independente do sentimento do personagem, e um sotaque baiano que vai e volta sem fazer muito sentido.
Repleto de boas intenções, “Travessia” acerta em sua direção no sentido de criar uma tensão entre as duas tramas paralelas, traçando destino de pai e filho, conectados mesmo sem saber. Nesse sentido, a resolução do imbróglio entre os dois pode soar um pouco forçada, mas é uma maneira simbólica forte de terminar o filme.
(Por Alysson Oliveira, do Cineweb)
* As opiniões expressas são responsabilidade do Cineweb
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário