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sábado, 18 de março de 2017
Novo crossover compacto da Honda, WR-V chega este mês às concessionárias
Por:Cristina Medeiros
O “avant-première” foi no final do ano passado, no Salão do Automóvel de São Paulo. No final de janeiro deste ano, a Honda divulgou a parte técnica do novo modelo WR-V. E no início desta semana, em Foz do Iguaçu, apresentou com pompa e circunstância, num evento na Hidrelétrica de Itaipu, o crossover compacto, que veio brigar por seu lugar ao sol num segmento que só cresce no Brasil.
Apesar da semelhança no nome com o HR-V, o novo produto tem como base outro carro da Honda, o monovolume Fit. Aliás, a fabricante japonesa terá um árduo trabalho em convencer os clientes de que o WR-V não é uma espécie de “Fitão”. Este é o primeiro veículo desenvolvido pela Honda no Brasil. Parte do trabalho foi convencer a sede, no Japão, de que o modelo caberia no portfólio da marca. Isso, cerca de 4 anos atrás, quando o projeto começou a ser criado pelo time de Pesquisa e Desenvolvimento da Honda Automóveis do Brasil com ajuda da matriz japonesa. O novo modelo, fabricado na cidade paulista de Sumaré, chegará às concessionárias brasileiras este mês e deverá ser exportado para mercados da América Latina.
O WR-V é equipado com o motor 1.5 i-Vtec FlexOne, com controle eletrônico variável de sincronização e abertura de válvulas, aliado a uma transmissão CVT com conversor de torque. O trem de força herdado do Fit garantiu nota A na avaliação do Conpet na categoria “utilitário esportivo compacto”. Com etanol, esse propulsor gera 116 cv de potência a 6 mil rpm e 15,3 kgfm de torque a 4.800 rpm – quando abastecido com gasolina, são 115 cv e 15,2 kgfm, nas mesmas faixas de giro.
No que se refere a tamanho, trata-se de uma versão ligeiramente ampliada no comprimento e na largura. O utilitário esportivo é cerca de 2 cm maior que o monovolume Fit nas duas dimensões em virtude das alterações na carroceria. Ele oferece 2,55 m de entre-eixos, 4 m de comprimento, 1,73 m de largura e 1,6 m de altura. A suspensão adota amortecedores com batente hidráulico e diâmetro de cilindro reforçado e uma barra estabilizadora mais robusta, projetada para minimizar a rolagem da carroceria e dar mais estabilidade.
INTERIOR
Os bancos recebem bem os ocupantes. O isolamento acústico funciona em baixas e médias rotações, mas nas altas – necessárias quando é necessário ganhar velocidade rapidamente –, o barulho do motor invade o habitáculo de forma ostensiva. Uma característica recorrente nos veículos equipados com câmbio CVT.
A plataforma da terceira geração do Fit, que é utilizada pelo WR-V, é recente. Na versão topo de linha do novo SUV, o interior oferece central multimídia com Bluetooth, câmara de ré e GPS. A transmissão CVT também é moderna e privilegia a economia. O freio dianteiro usa discos ventilados, mas o traseiro usa tambores – uma “economia” incorporada pela Honda à atual geração do Fit. Ao contrário do HR-V, no WR-V não existe controle de tração ou estabilidade.
MOTOR
O motor 1.5 de 116 cv move com discreta eficiência os 1.130 kg da versão ELX do WR-V, modelo testado em via urbana e no circuito interno da Hidrelétrica de Itaipu. O moderno câmbio CVT, que ajuda a economizar combustível, não proporciona uma dinâmica muito instigante e ainda torna o carro bastante ruidoso logo ao acelerar e recorrer aos giros altos do motor.
Se o motor e o câmbio funcionam mas não emocionam, o ponto forte do novo SUV é mesmo o conjunto suspensivo. Apesar de mais elevado que o Fit, o WR-V se mostra ainda mais equilibrado – e o monovolume já fazia bonito nesse aspecto. O fato de as rodas serem aro 16 – no Fit são aro 15 – também faz diferença positiva na performance do veículo, tanto no asfalto quanto nas trilhas.
CONTROLES ELETRÔNICOS
Mas nem tudo são flores neste lançamento da Honda. A montadora deixou de fora os controles eletrônicos de estabilidade e de tração, que fazem falta num modelo utilitário, ainda mais sendo mais caro do que o Fit.
PREÇOS e CORES
A versão básica EX do WR-V começa em R$ 79.400 e a EXL – que acrescenta airbags de cortina, multimídia de 7" multi-touchscreen com navegador GPS (AM-FM / Bluetooth / internet browser - via hotspot), conectividade Bluetooth, entrada auxiliar P2, Micro SD e 2 entradas USB – custa R$ 83.400. A expectativa da Honda é que as vendas do WR-V no Brasil atinjam cerca de 1.700 unidades mensais, cerca de metade dos 3.500 HR-V emplacados em média a cada mês no País.
Há seis tons de cores: três perolizados (vermelho, branco e preto), dois metálicos (cinza e prata) e apenas um sólido (branco), mas apenas o WR-V vermelho vem com interior revestido em preto e laranja, combinação aplicada também em aventureiros como Chevrolet Onix Activ e Renault Sandero Stepway. As demais cores contam com revestimento em tecido preto e prata nos bancos e painéis das portas.
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