Willams Araujo
Após as convenções partidárias, cujo prazo termina na próxima sexta-feira (5), a campanha eleitoral começa para valer no dia 16 com rachas e desistências inéditas em Campo Grande.
Em disputa considerada atípica e uma campanha “meteórica”, já que o tempo de duração encurtou de 90 para 45 dias com as mudanças das regras eleitorais, até políticos tradicionais e vistos como favoritos, desistiram diante do cenário desfavorável.
Sãos os casos de dois partidos gigantes da política sul-mato-grossense -- PT e PMDB -- que reinaram no governo do Estado durante 16 anos, antecedendo a atual administração de Reinaldo Azambuja (PSDB).
O ex-governador e hoje deputado federal Zeca do PT, por exemplo, planejava disputar as eleições de outubro, mas admitiu ter recuado após a prisão do então senador Delcídio do Amaral (ex-PT), cassado sob acusação de tentar obstruir as investigações da Operação Lava Jato, da Política Federal.
Depois de ensaiar candidatura, o ex-prefeito Nelsinho Trad (PTB) anunciou esta semana apoio ao irmão Marquinhos Trad. Há dias, ele teve seus bens penhorados pela Justiça.
Além dele, a Justiça determinou o bloqueio de R$ 315 milhões em bens de ex-secretários, empresa e empresários, totalizando 21 pessoas, por prestar serviço de tapa-buraco em “buraco fantasma”. Nelsinho nega tudo e recorreu da decisão.
Embora não tenha sido denunciado, o ex-governador André Puccinelli (PMDB) desistiu de candidatar-se há cerca de duas semanas depois do envolvimento de ex-assessores e empresários em denuncias de desvio de dinheiro público como parte da Operação Lama Asfáltica, que levou a prisão o ex-deputado federal Edson Giroto (PR) e o empreiteiro João Amorim.
Até o prazo final para a homologação de candidaturas aos cargos majoritários (prefeito e vice), os candidatos na Capital, alguns dos quais ainda precisam oficializar seus nomes, são o prefeito Alcides Bernal (PP), a vice-governadora Rose Modesto (PSDB), o deputado estadual Marquinhos Trad (PSD), Adalton Garcia (PRTB), Rosana Santos (PSOL), Suél Ferranti (PSTU), o ex-vereador Athayde Nery (PPS),o deputado estadual Coronel David (PSC), o ex-vereador Marcelo Bluma (PV) e o vereador Alex do PT.
O vice de Rose Modesto é o ex-superintendente do Sebrae-MS, Cláudio Mendonça (PR), e de Marquinhos Trad, Adriane Lopes (PEN), esposa do deputado estadual Lídio Lopes (PEN).
Também já definiram seus companheiros de chapa Adalton Garcia, que indicou Helton Koop (PRTB);Rosana Santos escolheu Henrique Nascimento (PSOL) e Suel terá em seu palanque Adriane de Paula (PSTU).
Os demais candidatos, como Bernal, Athayde, Coronel David, Bluma e Alex do PT, deixaram o cargo de vice em aberto, devendo anunciar no decorrer da semana.
RACHA
Ao decidir não ter candidatura própria pela primeira vez na Capital depois de uma hegemonia de mais de duas décadas, o PMDB optou por dois caminhos: uma ala apoiará a candidatura do PSDB e a outra vai trabalhar solitariamente na tentativa de eleger apenas vereadores.
Em entrevista nesta terça-feira (2) à imprensa, Mochi admitiu o racha no PMDB ao dizer que particularmente seu grupo político pedirá votos para a candidata tucana.
“A tendência de boa parte é o apoio a Rose. É bem provável que, embora o partido tenha uma definição de chapa pura de vereadores, sem coligação inicial, significa que alguns integrantes do partido possam ter caminhos diferentes, mas eu particularmente, junto com minha equipe irei apoiar a candidata Rose”, garantiu.
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