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quinta-feira, 16 de junho de 2016
Filme: Mais Forte Que o Mundo: A história de José Aldo
“Mais Forte que o Mundo – A História de José Aldo” é um filme sobre a vida do lutador de MMA e UFC, e segue a cartilha mais convencional do gênero.
Na verdade, essa é sua maior qualidade: não fazer invencionices - embora o estilo do diretor Afonso Poyart, repleto de câmeras lentas e fotografia cheia de efeitos, às vezes seja carregado de excessos. É frustrante que num filme sobre o tema as cenas de luta sejam prejudicadas pelo excesso de câmera lenta, num efeito desnecessário quase à la “Matrix”. O filme tem pré-estreia em quase 400 salas no Brasil.
Partindo de um roteiro escrito pelo diretor Poyart e Marcelo Rubens Paiva, o longa acompanha a trajetória de José Aldo (José Loreto) desde sua juventude em Manaus até a vitória em Toronto, em 2011, derrotando o canadense Mark Hominick, quando defendeu o cinturão da categoria Peso Pena do UFC, que havia conquistado em 2010.
Quando jovem, Aldo não tem rumo na vida. A mãe (Claudia Ohana) trabalha numa farmácia, enquanto o pai (Jackson Antunes), numa obra, mas gasta todo o dinheiro com bebida e bate na mulher. Essa relação tumultuada do protagonista com o pai será a base da psicologia do rapaz no filme. É algo não muito aprofundado, na verdade, mas que pretende servir como uma espécie de fio condutor da narrativa: Aldo precisa deixar Manaus para não se transformar em alguém parecido com o pai.
No Rio de Janeiro, com a ajuda do amigo Loro (Rafinha Bastos) consegue um emprego de faxineiro numa academia, onde trabalha em troca de um lugar para dormir. E lá conhece Vivianne (Cleo Pires), que treina luta para “desestressar”. Segue, então, mais ou menos o que se espera do filme: pancada (literal e metafórica), romance, altos e baixos e a vitória do protagonista.
Loreto – que ficou conhecido com o personagem Darkson, na novela “Avenida Brasil” (2012) – conquista seu primeiro papel de destaque no cinema e demonstra carisma e presença na tela suficientes para segurar o filme. Há honestidade e humor em sua interpretação, mesmo nos tropeços de psicologismo do roteiro.
(Por Alysson Oliveira, do Cineweb)
* As opiniões expressas são responsabilidade do Cineweb
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