FolhaPress
O senador Delcídio do Amaral (sem partido-MS) apresentou nesta segunda-feira (21) um novo pedido de licença médica por mais 15 dias, o terceiro desde que deixou a prisão, em 19 de fevereiro.
Esse afastamento começa a valer a partir de quarta-feira (23), para quando está agendada a presença do senador ao Conselho de Ética para apresentação de sua defesa no processo por quebra de decoro parlamentar que corre contra ele na Casa. Apesar da licença, o ex-petista poderia aparecer para prestar depoimento, mas sua participação não está confirmada.
O relator do caso no colegiado, senador Telmário Mota (PDT-RR), já considerava essa possibilidade e afirmou semana passada que, caso a renovação do prazo de afastamento se confirmasse, o Conselho precisaria analisar o que fazer. O depoimento pode ser remarcado ou a defesa, encaminhada pessoalmente por escrito.
O Conselho, contudo, ainda não definiu como agirá com a nova licença médica de Delcídio. A partir desse novo pedido, o senador vai completar 45 dias afastado dos trabalhos na Casa desde que decidiu fazer um acordo de delação premiada e passou a cumprir sua pena em regime de prisão domiciliar.
Caso já estivesse de volta às suas funções no Senado, poderia sair para trabalhar, mas deveria se recolher em casa à noite e nos dias de folga. Licenciado, não pode sair sem autorização judicial. Ele foi preso em 25 de novembro, acusado de tentar obstruir as investigações da Operação Lava Jato.
O Conselho de Ética do Senado aprovou na última quarta-feira (16) o parecer do senador Telmário pela abertura do processo de cassação de Delcídio do Amaral. Foram 11 votos favoráveis e nenhum contrário.
Telmário destaca em seu relatório que, diante dos fatos analisados, há indícios de quebra de decoro por parte do ex-líder do governo. O relator do caso considerou a conversa de Delcídio com Bernardo Cerveró, filho do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró.
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terça-feira, 22 de março de 2016
Delcídio renova licença médica e não deve apresentar defesa ao Conselho
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