domingo, 20 de outubro de 2024

Prefeitura de Três Lagoas transfere 44 capivaras da Lagoa Maior para o Parque Natural do Pombo

 

                                             Divulgação



A Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Agronegócio (SEMEA) de Três Lagoas realizou, nesta sexta-feira, 18 de outubro, uma ação de manejo das capivaras que habitam a Lagoa Maior. O objetivo é controlar a população desses animais e garantir o equilíbrio ambiental e o bem-estar deles, evitando que busquem alimento em áreas urbanas durante períodos de estiagem.


População de capivaras e nova ação de manejo

Atualmente, estima-se que cerca de 150 capivaras vivam na Lagoa Maior. Para manter o equilíbrio ecológico e evitar a superpopulação, 44 capivaras foram remanejadas para o Parque Natural Municipal do Pombo nesta primeira etapa. Outras 40 serão transferidas em breve, conforme explicou o secretário da SEMEA, José Mauro De Grandi Junior: “Essas ações são necessárias para garantir a qualidade de vida dos animais e a convivência harmoniosa com o ambiente urbano”.


O manejo é baseado no monitoramento contínuo da população de capivaras. A ação não segue uma periodicidade fixa, mas ocorre sempre que a quantidade de animais ultrapassa o limite ideal, principalmente em períodos de escassez de alimento.


Processo de transporte das capivaras

O transporte das capivaras é realizado de maneira cuidadosa para minimizar o estresse dos animais. Antes do manejo, a SEMEA prepara um brete na Circular da Lagoa Maior, onde os animais são alimentados diariamente. Essa estratégia faz com que as capivaras associem o local a um ambiente seguro.


No dia do manejo, as capivaras são guiadas para dentro do brete e, sem a necessidade de sedação, direcionadas para um caminhão por meio de uma rampa. O clima ameno contribuiu para o conforto dos animais durante o transporte para o Parque Natural do Pombo, um ambiente adequado para o desenvolvimento das capivaras e a preservação do equilíbrio ecológico.


Monitoramento de saúde e febre maculosa

Além do manejo populacional, a SEMEA realiza anualmente o monitoramento de carrapatos na Lagoa Maior para identificar a presença do carrapato-estrela, transmissor da febre maculosa. Até o momento, não foram detectados focos desse carrapato na área. As ações de manejo visam, portanto, exclusivamente o controle populacional das capivaras, reforçando o compromisso com a saúde e o bem-estar dos animais silvestres.


Capivaras: características e importância ecológica

As capivaras são os maiores roedores do mundo, podendo pesar até 80 kg e medir cerca de 1,30 metro de comprimento. Elas são herbívoras e se alimentam de gramíneas, plantas aquáticas e cascas de árvores. As capivaras têm hábitos semiaquáticos, o que as torna bem adaptadas a ambientes como a Lagoa Maior.


Esses animais têm um papel importante no ecossistema, pois ajudam a manter o equilíbrio da vegetação e são presas naturais para predadores como jacarés e onças-pardas. Além disso, as capivaras têm um comportamento social cooperativo, vivendo em grupos que podem variar de 10 a 20 indivíduos, o que facilita o controle populacional realizado pela SEMEA.


Importância do manejo para o equilíbrio urbano

O manejo das capivaras é essencial para garantir a convivência harmoniosa entre os animais e os moradores de Três Lagoas, especialmente em áreas como a Lagoa Maior, que é um dos principais pontos turísticos da cidade. A superpopulação de capivaras pode levar à busca de alimento em áreas urbanas, o que pode representar riscos tanto para os animais quanto para os seres humanos.


O trabalho da SEMEA na conservação e controle das capivaras é um exemplo de ação voltada para a sustentabilidade, garantindo a proteção da fauna silvestre e o equilíbrio ambiental no município.

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