terça-feira, 16 de julho de 2024

Boletim mostra incêndios sob controle no Pantanal, mas mudança de clima requer atenção

 

                                              Foto: Alvaro Rezende


Nesta terça-feira (16), foi apresentado o terceiro boletim sobre a “Operação Pantanal”, que destacou as várias frentes de combate aos incêndios na região pantaneira e apontou uma estabilização na situação. É importante salientar, que 2024 é considerado o mais quente dos últimos setenta anos.



André Lima, secretário extraordinário de Controle do Desmatamento e Ordenamento Ambiental Territorial do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, citou que, apesar da situação estar relativamente sob controle, é necessário atenção nos próximos dias.


“A gente tem nos próximos dias, uma previsão de um clima mais quente, mais seco, o que pode tornar o nosso trabalho mais difícil”, comentou durante coletiva online para apresentação do boletim. Desde o começo do mês de julho foi notada uma queda significativa nos focos de incêndio.



Dados do Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais (Lasa) da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) mostram que de 1º de janeiro a 14 de julho de 2024 foi queimada uma área na faixa de 587.600 ha a 778.175 ha no Pantanal (de 3,9% a 5,15% do bioma).


O boletim ainda destaca que na última semana, de 8 a 14 de julho de 2024, houve um incremento de 2.425 ha em área queimada no bioma. Os valores de 2024 referem-se à estimativa dos alertas em tempo quase real e têm margem de erro de 30%.


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Desde o início do ano, até 14 de julho, foram registrados 3.940 focos de calor no Pantanal, sendo 79% em MS e 21% em MT. Desses, 67,9% foram registrados em Corumbá, enquanto Cáceres (MT) concentrou 11,3% dos focos.


A maior parte dos focos de calor também atingiram Poconé (MT), que teve 362 focos (9,2%); seguido por dois municípios de Mato Grosso do Sul, Porto Murtinho 218 focos (5,5%); e Aquidauana que teve 158 focos (4%).


De acordo com o boletim, as áreas queimadas no Pantanal correspondem a 85% de áreas privadas e outras; 7,4% de terras indígenas; 4,8% de unidades de conservação federais; 1,4% de unidades de conversação estaduais; e 1,4% de reservas particulares do Patrimônio Natural. 


Além das autoridades regionais, participaram da coletiva, Marina Silva, ministra de Estado do Meio Ambiente e Mudança do Clima do Brasil; e Simone Tebet, ministra do Planejamento e Orçamento do Brasil.

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