Foto: Arquivo Agrolink
Os recentes desastres naturais que assolaram as lavouras do Rio Grande do Sul têm provocado um impacto significativo na produção e na exportação de soja do estado, conforme apontado pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). Com muitas áreas agrícolas prejudicadas pelas enchentes, a perspectiva de oferta da oleaginosa fica comprometida, gerando preocupações quanto à disponibilidade nacional.
Antes da ocorrência dessas tragédias, analistas de mercado consultados pelo Cepea tinham a expectativa de que a robusta produção de soja do Rio Grande do Sul poderia, em parte, compensar as reduções nas colheitas de outras regiões do Centro-Oeste e Sudeste do Brasil, afetadas por estiagens durante a safra 2023/24. Contudo, as adversidades climáticas recentes mudaram drasticamente esse panorama.
Pesquisadores do Cepea observam que tais incertezas têm gerado um ambiente de comercialização agitado no mercado nacional de soja. Compradores domésticos estão buscando garantir seus estoques diante das perspectivas de escassez, enquanto a demanda externa pela oleaginosa e seus derivados permanece aquecida. Isso tem ocasionado uma competição entre compradores brasileiros e estrangeiros, impulsionando os preços para os níveis mais altos desde o início do ano.
Em relação aos embarques, dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) revelam que, na parcial de 2024 (de janeiro a abril), o Brasil registrou um recorde de exportação de soja, totalizando 36,79 milhões de toneladas. Esse volume representa um aumento de 10% em comparação com o mesmo período do ano anterior.
AGROLINK - Aline Merladete
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