quarta-feira, 17 de abril de 2024

Dia Mundial da Hemofilia

 

                                            Fotos: Joilson Francelino



O Dia Mundial da Hemofilia, lembrado nesta quarta-feira (17), marca a importância da conscientização sobre a doença para o diagnóstico precoce. Com o tema “Vivendo cuidadosamente com hemofilia: cuidado integral e saúde mental”, a campanha deste ano tem como propósito incentivar as pessoas com hemofilia e seus familiares a buscar informações sobre o tratamento, conhecer seus direitos e qual caminho percorrer para obtê-los.


O presidente da Aphems (Associação de Pessoas com Hemofilia do Mato Grosso Do Sul), Neder Gustavo dos Santos, é portador de Hemofilia A grave. Hoje, aos 42 anos de idade, Neder conta que teve seu diagnóstico aos 5 anos e, desde então, já passou por diversos tratamentos.


“Na realidade, à época, não tínhamos as medicações que são disponibilizadas gratuitamente hoje pelo SUS (Sistema Único de Saúde). Basicamente era transfusão de sangue quando eu tinha as hemorragias”, conta.


Grande parte dos pacientes que ficaram sem tratamento no passado desenvolveram sequelas ortopédicas e vivem com um quadro crítico de dor.


O ambulatório de Hemofilia do Hemosul HRMS conta com atendimento médico hematológico, ortopedista, enfermagem, técnico de enfermagem, educadora física e assistente social.


O que é Hemofilia?


A hemofilia é uma doença genética que afeta a coagulação do sangue, uma desordem congênita na maior parte das vezes, pois pessoas com hemofilia já nascem com a alteração que causa a doença.


Em 70% dos casos, a mutação genética causadora da hemofilia já está presente na família e é transmitida pelas mães portadoras aos filhos. Nos outros 30%, a doença surge em uma família sem histórico de hemofilia, sendo causada por uma mutação genética nova.


A Hemofilia, portanto, acontece quando uma pessoa nasce com deficiência na atividade de um dos Fatores (proteínas) responsáveis pela coagulação do sangue. A deficiência na atividade do Fator VIII configura a Hemofilia A, e a deficiência na atividade do Fator IX configura a Hemofilia B.


Estas pessoas apresentam sangramentos que demoram muito mais tempo para serem controlados, pois o organismo não tem condições de produzir adequadamente o coágulo que é responsável por estancar o sangramento.


Em geral, são hemorragias intramusculares e intra-articulares que, primeiro, desgastam as cartilagens e depois provocam lesões ósseas. Os principais sintomas são dor forte, aumento da temperatura e restrição de movimento. As articulações mais comprometidas costumam ser joelhos, tornozelos e cotovelos.


Os episódios de sangramento podem ocorrer logo no primeiro ano de vida do paciente sob a forma de equimoses (manchas roxas), que se tornam mais evidentes quando a criança começa a andar e a cair.


Ao suspeitar da doença, o paciente deve procurar atendimento com um médico hematologista ou o Hemocentro mais próximo da sua residência.



  • Kamilla Nunes Ratier Camacho

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