Além de fornecer água, o gotejamento serve como sistema de entrega para fertilizantes
A utilização da irrigação na cultura da cana-de-açúcar é vital para estabilizar e aumentar a produtividade, promovendo a sustentabilidade no setor sucroalcooleiro. Discutido no canal Tempo & Dinheiro, especialistas, como Daniel Pedroso da Netafim, apontam que apenas 1 milhão dos 9 milhões de hectares plantados com cana-de-açúcar no Brasil são irrigados. Pedroso destaca a irrigação como solução para flutuações na produtividade devido às variações climáticas, especialmente em períodos de baixa precipitação, como em 2021 e 2022.
Ele ressalta benefícios como aumento da longevidade dos canaviais, redução de custos de produção e impactos positivos na sustentabilidade ambiental. Dávilla Alves, especialista agronômica da Netafim, destaca a versatilidade do sistema de irrigação por gotejamento na cultura da cana-de-açúcar. Além de fornecer água, o gotejamento serve como sistema de entrega para fertilizantes, evitando superdosagens e desequilíbrios no solo. Isso promove um ambiente propício para microrganismos benéficos, protegendo o solo e reduzindo a necessidade de maquinários pesados.
No Brasil, maior produtor mundial de cana-de-açúcar, com São Paulo respondendo por 55% da área plantada, prevê-se um aumento significativo na produção nesta safra, especialmente com o uso do sistema de irrigação por gotejamento. Espera-se um aumento de até 50%, podendo chegar a 100% em alguns casos. Além disso, o sistema contribui para estender a longevidade do canavial para até 12 anos, em comparação com a renovação média a cada cinco ou seis anos.
Esses dados ressaltam a importância estratégica da irrigação na produção de cana-de-açúcar no Brasil, não apenas para aumentar a produtividade, mas também para promover práticas agrícolas mais sustentáveis e eficientes.
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