O Brasil enfrenta uma crise crescente de dengue, com os casos atingindo a marca alarmante de 653.656, conforme os dados atualizados pelo Ministério da Saúde nesta segunda-feira (19). Com uma média de 321,9 casos por grupo de 100 mil habitantes. Entre os números preocupantes, 113 mortes já foram confirmadas, enquanto 438 óbitos estão sob investigação. A análise demográfica revela que as mulheres representam a maioria dos infectados, respondendo por 55% dos casos, enquanto os homens registram 45%.
A faixa etária mais afetada continua sendo a dos 30 aos 39 anos, seguida pelos grupos de 40 a 49 anos e de 50 a 59 anos. O Distrito Federal lidera o coeficiente de incidência, com 2.405,6 casos por 100 mil habitantes, seguido por Minas Gerais (936,1), Acre (622,4), Paraná (512,6) e Goiás (487,6). Minas Gerais destaca-se como o estado mais afetado em termos absolutos, totalizando 192.258 registros, seguido por São Paulo (90.408), Distrito Federal (67.768), Paraná (58.660) e Rio de Janeiro (41.435).
A preocupação com a dengue se estende para áreas rurais, onde a proliferação do Aedes aegypti pode ocorrer mesmo em regiões remotas. É essencial que os moradores adotem medidas preventivas, como o cuidado com cisternas, a verificação constante dos bebedouros dos animais e o uso de repelente.
Conforme orientação do instrutor de saneamento rural do Sistema Faemg Senar, Alexandre Rodrigues da Silva, mesmo que nem toda propriedade represente um risco iminente para a proliferação do mosquito, medidas básicas precisam ser adotadas em todas as localidades. Rodrigues destaca a importância do armazenamento adequado de água, recomendando a tampação de piscinas e caixas d'água, além da introdução de peixes larvófagos em cochos e bebedouros de animais.
Além disso, o instrutor enfatiza a necessidade de manter a limpeza das propriedades e arredores, evitando o acúmulo de água em recipientes e locais propícios à proliferação do mosquito. O Sistema Faemg Senar oferece o curso de Saneamento Rural, capacitando os produtores a lidar não apenas com a dengue, mas também com outras zoonoses. Segundo Rodrigues, investir em educação é essencial para elevar a qualidade de vida no campo e evitar que a zona rural se torne um foco da doença.
AGROLINK - Aline Merladete
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