sábado, 10 de fevereiro de 2024

Campo Grande fecha o primeiro mês do ano com inflação acima da nacional

 

                                           Itens de alimentação tiveram altas expressivas e impulsionaram inflação - Foto: Arquivo


Campo Grande fechou o primeiro mês do ano com inflação de 0,48%, puxada pela alta no preço dos alimentos e itens de vestuário, e ficou acima da nacional, que foi de 0,42% em janeiro.


É o sexto mês consecutivo que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do País, fecha no campo positivo em Campo Grande. Em dezembro, a variação havia sido de 0,43%.


De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, oito tiveram alta em na Capital no mês passado. Apenas transportes registrou queda.


A maior variação foi do grupo de vestuário, com 1,48%. Os subitens com as maiores altas foram sapato feminino (2,80%), tênis (2,78%) e roupa feminina (2,24%).



Já no grupo de alimentação e bebidas, que teve a segunda maior alta, de 1,06%, a variação foi puxada pela alimentação no domicílio (1,3%), influenciada pelas altas do repolho (50,94), da batata inglesa

(40,46%), do arroz (5,1%) e do tomate (5,23%).


Quanto à alimentação fora do domicílio, o sorvete teve a maior variação, de 1,43%, no período em que a Capital enfrentou fortes temperaturas.


O grupo habitação, que havia registrado queda de 0,10% em dezembro, teve alta de 1,03% em janeiro, a terceira maior de Campo Grande, devido, principalmente, ao reajuste da taxa de água e esgoto.


Despesas pessoais repetiu a valor positivo de dezembro, de 0,79%, alavancada pelos serviços bancários (2,7%), alimento para animais (2,39%) e pacote turístico (3,39%).


Alta de 0,52% foi registrada na educação, com aumentos nos artigos de papelaria (3,02%), livro didático (2,77%) e papelaria (2,51%), que podem ser explicados devido ao período de volta às aulas.


Também houve variação positiva nos grupos de saúde e cuidados pessoais (0,39%), comunicação (0,16%) e artigos de residência (0,11%).


Em artigos de residência, apesar da inflação mensal não ter sido tão significativa, houve aumento expressivo nos subitens ar-condicionado (5,48%) e ventilador (4,22%).


Desde o segundo semestre do ano passado, o Estado vem enfrentando altas temperaturas e ondas de calor, que fizeram disparar o preço de produtos utilizados para amenizar o calorão. Na variação acumulada dos últimos 12 meses, o ar-condicionado apresenta alta de 34,72%.


Na contramão, foi registrada queda no grupo de transportes, que fechou janeiro com variação de -0,66%, impulsionada pelas quedas na gasolina (-1,48%) e passagens aéreas (-21,71%).


A inflação de outubro de Campo Grande foi a nona maior entre as capitais do País em janeiro.


Nos últimos 12 meses, o IPCA acumula alta de 4,64%.


No Brasil, o IPCA de janeiro foi de 0,42%, ficando 0,14 ponto percentual abaixo da taxa de dezembro (0,56%). Nos últimos 12 meses, o IPCA acumula alta de 4,51%, abaixo dos 4,62% observados nos 12 meses imediatamente anteriores.



GLAUCEA VACCARI

Com o Portal Correio do Estado

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